A importância do ganho de massa muscular

massa muscular
(Foto: Ilustração/Pixabay)

É extremamente necessário sabermos sobre a composição do nosso corpo, como o quanto temos de gordura e o quanto temos de músculo. Aliás, você sabia que só o peso na balança, na realidade, não é um bom parâmetro para o acompanhamento? Às vezes, você emagrece porque perdeu músculo – chamada de massa muscular ou magra -, e isso não é um emagrecimento realmente saudável.

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Em relação aos idosos, essa falta de massa magra – ou muscular – é ainda mais notável. Com o processo de envelhecimento, além de perder naturalmente os músculos, o idoso costuma acumular gordura na região abdominal, aumentando as chances de infarto e AVC. E é justamente nessa faixa etária que as funções desempenhadas pelos músculos se tornam ainda mais importantes, como o auxílio no equilíbrio e a proteção da estrutura óssea.

Porém, como mantemos a quantidade ideal de músculos ao longo da vida? É o que explica abaixo a endocrinologista Gabriela Irvolina.

Ingestão de proteína e frequência de atividade física

Conforme a profissional, em primeiro lugar é necessário verificar o peso do paciente calcular a quantidade mínima de proteína que precisa ingerir diariamente, considerando a função renal. “Só que é quase impossível, pela alimentação, atingir a quantidade ideal de proteína diária, por isso é preciso saber o quanto se ingere de proteína na alimentação e por muitas vezes usar suplementos proteicos.  Quando não ingerimos uma boa quantidade de proteína, ao menos o suficiente, não conseguimos manter uma massa muscular boa”, diz.

Por isso, segundo a médica, após realizar o calculo da quantidade de proteína, é necessário orientar o paciente sobre a composição nutricional de cada alimento. “Como a alimentação não muda muito, durante uma semana a pessoa já poderá calcular a quantidade ideal diária, e se precisar ela usará suplementos, como o Whey Protein. Isso também podemos fazer com pessoas vegetarianas, usando outras fontes de proteína”, complementa.

O tipo de atividade física realizado é outro ponto extremamente essencial, de acordo com Gabriela. “Quando se faz um exercício com menos repetições tendemos a ganhar massa muscular. Mass se praticamos exercícios com mais repetições, ganhamos muito mais resistência nos músculos, além de perder peso. É preciso conciliar uma atividade física de nossa preferência, mas visando o ganho de massa muscular, que será avaliado pela bioimpedância”, diz. Esse exame vai mostrar se aquilo que se está fazendo está dando resultado positivo.

A endocrinologista também chama a atenção para a organização do exercício físico, principalmente se o paciente faz musculação e treinamentos aeróbicos. “Se você faz exercício aeróbico antes da musculação, você inibe uma proteína que faz com que seu musculo não cresça tanto. Por isso é essencial que primeiro, você faça o aquecimento, no próprio aparelho com uma carga menor, depois passe para os exercícios de musculação de fato e finalize com os aeróbicos para queimar gordura”.

Outro detalhe é sobre a frequência semanal da atividade física. “Já faz parte do senso comum a narrativa que prega que o ideal é fazer cinco dias de exercícios por semana. Porém, o correto é que se comece com uma frequência mais baixa para se criar uma rotina, para depois ir aumentando segundo a capacidade de cada um”.

Vale lembrar, por fim, que 1kg de gordura é diferente de 1kg de músculo. Isso, pois, a gordura tem mais volume e, assim ocupa mais espaço na composição corporal do que o músculo. “O tecido muscular é considerado um órgão metabólico também, sendo responsável por liberar alguns hormônios bons para o organismo, além de proteger o osso, dar equilibro e acelerar o metabolismo”.

*Informações Assessoria de Imprensa