Os casos e hospitalizações por Covid-19 voltaram a subir em todo o mundo, inclusive no Brasil, pelo fato de a Ômicron, hoje a variante dominante no mundo, ser muito mais transmissível do que o SARS-CoV-2 original, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Aos poucos, assim que os novos casos foram surgindo, verificou-se uma diferença em relação às cepas anteriores. Por isso, é importante reconhecer os sintomas da Covid-19 e da variante Ômicron.
Outro ponto importante deste processo é conhecer as manifestações para tomar as atitudes necessárias para segurar a propagação desta cepa. Por isso, assim que começarem os sintomas da doença, é necessário fazer o isolamento, para evitar a infecção de outras pessoas. E esperar de três a cinco dias – a partir do início dos sintomas, para fazer um teste para comprovar ou descartar a Covid-19. Em caso positivo, o isolamento deve ser reforçado e cumprido integralmente, conforme as orientações das autoridades de saúde.
Sintomas da Covid-19 e da variante Ômicron
Os sintomas mais comuns entre os infectados pela Ômicron são febre, coriza, dor de garganta e dor no corpo. Também pode surgir tosse seca. Mas, desta vez, os sintomas da Covid-19 e da variante Ômicron não implicam em perda de paladar e de olfato, bastante marcantes com cepas anteriores.
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A Ômicron foi detectada e anunciada pelo Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul (NICD) em 25 de novembro de 2021, a partir de amostras retiradas de laboratório, após a médica Angelique Coetzee, presidente da Associação Médica da África do Sul, observar uma mudança no perfil sintomático dos pacientes com Covid-19. Eles relatavam cansaço extremo, dores pelo corpo, dor de cabeça e garganta, a maioria com quadros leves e quase metade não havia sido vacinada. Ainda em novembro, a OMS incluiu a Ômicron na sua lista de variantes de preocupação, ou seja, com mais mutações, mais transmissíveis e com mais chances de causar doenças graves.
O fato dos sintomas serem semelhantes aos de uma gripe comum pode confundir e fazer com que as pessoas desistam de averiguar se é Covid-19 ou não. Por isso, é importante reconhecer os sintomas da Covid-19 e da variante Ômicron. A OMS indica que no surgimento de alguns destes sintomas, o ideal é fazer um teste do tipo RT-PCR ou de antígeno para comprovar o diagnóstico. Isto deve ser feito no intervalo de três a cinco dias após o início dos sintomas. Fora deste intervalo, há risco de um falso negativo.
Período de incubação
Um estudo preliminar da Universidade de Nebraska, publicado pelo Centro de Controle de Doenças (CDC), ambos dos Estados Unidos, demonstrou que o tempo de incubação (período entre a infecção e o aparecimento dos sintomas) da Ômicron no organismo é de até três dias. Ou seja, a pessoa infectada pela por esta cepa desenvolveria sintomas mais rapidamente do que na infecção por outras variantes.
“Considerando que o período médio de incubação do SARS-CoV-2 foi descrito como ≥ cinco dias, e mais próximo de quatro dias para a variante Delta, o período médio de incubação observado neste cluster foi de aproximadamente três dias”, descreveu a publicação. O estudo foi realizado com seis infectados pela Ômicron de uma mesma família, com idades entre 11 e 48 anos, apenas um completamente vacinado.
Já um estudo do Instituto Japonês de Doenças Infecciosas demonstrou que a carga viral da Ômicron atinge seu pico de três a seis dias após a infecção e tende a desaparecer dez dias após o início dos sintomas ou o diagnóstico.
O estudo preliminar mediu a carga viral de 83 amostras respiratórias de 21 infectados pela Ômicron, 19 vacinados e dois não vacinados, 17 destes com sintomas leves e quatro sem sintomas, em dias diferentes. A quantidade de RNA viral dos participantes do estudo caiu ao longo do tempo, com maior diminuição após 10 dias do início dos sintomas.
* Com informações do Instituto Butantan
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