Uma das principais discussões do 11º Seminário UNIDAS – Atenção Integral, realizado no mês de agosto, girou em torno da gestão da saúde corporativa para o cuidado integral. A abertura do seminário virtual foi realizada pelo diretor administrativo-financeiro da UNIDAS, Maurício Lopes, que falou sobre a contribuição da entidade para o desenvolvimento das autogestões e do setor, além da relevância das discussões. “A atenção integral à saúde é um tema de grande importância que precisa ser abordado e debatido, principalmente no segmento de autogestão.”
A mediação do painel e dos debates ficou por conta da psicóloga especialista em Desenvolvimento Industrial do Serviço Social da Indústria (SESI), Georgia Gomes. O diretor presidente substituto da Agência Nacional de Saúde (ANS), Rogério Scarabel, iniciou as discussões trazendo informações e reflexões sobre o cenário da saúde suplementar, impactos do coronavírus no setor e atenção integral à saúde. “A saúde suplementar está intimamente ligada à atividade econômica do país, por isso a pandemia trará impactos também para o segmento”, explicou Scarabel.
O presidente falou sobre os desafios e a necessidade de ter atenção sempre centrada no beneficiário: “Os principais desafios da saúde suplementar são os aumentos dos custos, envelhecimento populacional e aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, a organização dos serviços de saúde e sustentabilidade”.
Durante a apresentação, Scarabel trouxe alguns dados relacionados ao impacto da pandemia no setor, como a retomada de atendimentos não associados ao coronavírus. “A velocidade da pandemia e a ausência de dados para a tomada de decisões fez com que passemos a requisitar informações mensalmente e divulgar para a sociedade”, acrescentou Scarabel.
Além de abordar as principais medidas adotadas pela agência em relação à pandemia, o presidente também falou sobre o Promoprev, programa de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças, incentivado pela ANS, e seus direcionamentos. “As estratégias para a sustentabilidade do Promoprev inclui a formação de profissionais, saúde baseada em evidências, padronização de procedimentos, investimento em inovação e tecnologia, investimento em promoção de saúde e envolvimento dos beneficiários”, explicou. De acordo com ele, é preciso conhecer o perfil de saúde e estilo de vida, atuar precocemente e coordenar o cuidado com foco no bem-estar do colaborador.
Em seguida, foi a vez da gerente de Programas de Saúde na General Electric (GE) do Brasil, Márcia Agosti, trazer o debate sobre governança em saúde corporativa e os modelos da empresa. A especialista apresentou os principais pilares dessa governança, que passam por transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa, e falou sobre a importância do cuidado com a vida. “Do início ao fim da relação de um trabalhador com a empresa, várias medidas devem ser adotadas para assegurar a sua integridade física e emocional”.
Além disso, esse modelo precisa ser centrado na construção colaborativa de um sistema que adota uma medicina focada na pessoa, passando pela promoção de bem-estar, prevenção de adoecimento, tratamento adequado e efetivo, promoção da capacidade de reabilitação plena, a gestão efetiva da saúde e o impacto social.
Sobre os programas de bem-estar para gerar uma experiência positiva para o funcionário, a Márcia destacou três elementos essenciais: “A experiência, o engajamento e o bem-estar do funcionário são centrais para uma estratégia de Cultura de RH. Os funcionários mostram três vezes mais chances de serem positivos sobre o seu bem-estar se estiverem tendo uma boa experiência de trabalho”, explicou.
Para finalizar, a gerente explicou sobre a importância da Governança em Saúde nas empresas e os benefícios de um programa integrado de cuidados: “Aplicando esse sistema, temos observado aumento de produtividade, redução de custos com doenças, redução da incapacidade precoce, entre outros”.
A última apresentação foi da gerente de Saúde Assistencial e Promoprev na Abertta Saúde, Amanda de Souza Silva, que abordou sua experiência com o benefício de saúde da ArcelorMittal. “Além da assistência médica, também temos que ter essa interação com a saúde ocupacional”, iniciou. De acordo com Amanda, é importante ter uma gestão do benefício de saúde e ações que gerem aumento da qualidade de vida, percepção de valor dos beneficiários e redução de custos para a contratante. A especialista também falou sobre a saúde integral, passando pelo bem-estar físico, mental, espiritual, emocional e social.
Assim como os demais participantes, Amanda abordou a importância da geração de valor e de colocar o paciente no centro do processo. “Para agregar valor ao paciente, temos que ter um objetivo, considerando que a saúde dele é o centro. Quando a gente pensa em melhorar a saúde da população, a gente tem que estratificar, monitorar e acompanhar os resultados em saúde”, explicou.
Para finalizar, a especialista apresentou como são realizadas pesquisas de pós-atendimento nas unidades próprias, além de trazer uma pesquisa de satisfação do beneficiário e os números da Covid-19 em relação aos empregados e dependentes da ArcelorMittal.
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