A ampliação do uso dos smartphones pode ser percebida em escala global. A popularização das redes sociais e as mudanças na rotina da vida contemporânea, fizeram com que o telefone celular fosse uma ferramenta quase indispensável para o dia a dia da maioria das pessoas. De acordo com a pesquisa do App Annie Intelligence, os brasileiros passam, em média, 5,4 horas por dia olhando para a tela do celular, é o maior consumo diário do mundo. Porém, o excesso de tempo no mundo virtual tem diversos prejuízos, entre eles está o desenvolvimento de problemas de coluna, pescoço, ombros e punhos, por exemplo. Especialista explica o que acontece quando se passa muito tempo no celular.
De acordo com o Felipe Carvalho, ortopedista e especialista em medicina regenerativa, existem países em que diversas pessoas já são acometidas por doenças relacionadas ao uso do celular como Japão e China. “Lá, o Estado investe em prevenção, fizeram trabalhos sobre isso e constataram que, tanto a posição, quanto o tempo que se fica olhando para a tela do celular e do computador são prejudiciais”.
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De acordo com o especialista, quando um determinado tempo é atingido, os olhos cansam e há uma tendência de aproximação das telas, fazendo com que o peso sobre a coluna fique desbalanceado. “A cada 3 centímetros ou 15 graus, a sua cabeça pode dobrar, triplicar ou quintuplicar de peso. Isso pode dar problemas na coluna, no ombro e na periescapular”, detalha. Por isto, é essencial saber o que acontece quando se passa muito tempo no celular.
Os principais sintomas são dores nessas regiões, tanto por tração ligamentar, quanto por contratura muscular. “Isso acaba dando problema na hora de dormir porque há um estímulo de dor e a medida regenerativa mais eficaz é o sono, então é muito importante que seja dada a atenção necessária para esses problemas”. De acordo com Carvalho, é possível prevenir tais questões mantendo uma postura reta, de cabeça ereta, de forma que o meio da tela fique na altura dos olhos. “Quando você está em um aparelho, melhore sua posição e preste atenção nos seus hábitos. Pode parecer algo pequeno, mas, se você não mudar, você não vai melhorar”, aconselha.
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