A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta segunda-feira (19 de julho), a realização de estudo clínico para avaliar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade da aplicação de terceira dose da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca. Segundo a Anvisa, o estudo inicial será feito em participantes que já receberam as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações. A dose de reforço será aplicada de 11 a 13 meses após a segunda dose.
A Anvisa informou que trata-se de um estudo de fase três, em que o voluntário não saberá o que tomou: se uma dose da vacina ou de placebo. “Serão incluídos voluntários com idade entre 18 e 55 anos, que estejam altamente expostos à infecção com o novo coronavírus, como profissionais de saúde. Não serão incluídas gestantes ou pessoas com comorbidades”, declarou a agência, por meio de nota.
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Segundo informou a Anvisa, o estudo sobre a terceira dose da vacina contra a Covid-19, patrocinado pela AstraZeneca, será realizado somente no Brasil, nos estados da Bahia (1,5 mil voluntários), Rio de Janeiro (1,5 mil), Rio Grande do Sul (3 mil), Rio Grande do Norte (1,5 mil) e São Paulo (2,5 mil).
Após a quebra do “cegamento da pesquisa”, quando os voluntários ficam sabendo se receberam a vacina ou o placebo, todos os participantes do grupo placebo serão convidados a tomar a dose de reforço.
Além desse estudo, há um andamento da Pfizer, para verificar se a necessidade da aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório. Neste estudo, a dose de reforço da vacina da Pfizer será aplicada em pessoas que tomaram as duas doses completas da vacina há pelo menos seis meses.
De acordo com a empresa, após 11 dias da primeira dose, o vacinado atinge uma proteção de 92% contra a doença. Essa imunidade sobe para 95% a 100% após uma semana depois da aplicação da segunda dose. No entanto, após seis meses das primeiras aplicações, foi verificado que a efetividade cai para 86% a 80%. Por isso, o estudo quer verificar se há necessidade de uma dose de reforço.
A própria Anvisa já se manifestou, na semana passada, informando que, até o momento, não há estudos conclusivos sobre essa necessidade para os imunizantes autorizados no Brasil. Até agora, todas as vacinas autorizadas no Brasil garantem proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados”, diz a nota divulgada na última quinta-feira (15).
Além desses estudos sobre a terceira dose dos imunizantes já existentes, a Anvisa autorizou na semana passada o estudo clínico com a nova versão da vacina da AstraZeneca, alterada para uma imunização maior contra a variante Beta, identificada primeiro na África do Sul. Essa pesquisa será realizada com 800 voluntários brasileiros, que foram vacinados com duas doses da versão atual da AstraZeneca ou duas doses de uma vacina de RNA mensageiro contra Covid-19, como as da Pfizer e da Moderna. A pesquisa integra voluntários de outros países.
* Com informações da Agência Brasil e do portal G1
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