Síndrome de burnout e distúrbios do sono podem ser confundidos?

Diferenciá-los impacta no tratamento

Síndrome de burnout e distúrbios do sono devem ser diagnosticados corretamente (Foto: Diana Grytsku / Freepik)

Síndrome de burnout e distúrbios do sono podem ser confundidos por quem está passando por problemas de saúde. Noites mal dormidas, cansaço excessivo — físico e mental — e fadiga são alguns dos sintomas do burnout (síndrome de esgotamento mental).1 Por estes serem sintomas similares aos de alguns distúrbios do sono como a apneia do sono, pode haver confusão na identificação das condições.

“A síndrome de burnout é consequência de uma exaustão emocional que se manifesta com alterações do funcionamento físico e mental, tendo como causa maior o estresse intenso e prolongado no ambiente laboral que, frequentemente, produz sintomas como fadiga, labilidade emocional, irritabilidade, desânimo, alterações no sono, desinteresse e aversão ao trabalho. É importante diferenciar o burnout de alguns transtornos do sono, como a apneia obstrutiva do sono, uma vez que compartilham manifestação clínica semelhante. Um ponto importante para observar é se o sono atrapalha o trabalho (apneia do sono) ou se o trabalho é que atrapalha o sono (burnout). A partir daí, seguir com uma investigação diagnóstica detalhada para a busca do tratamento adequado”,2 explica Fábio Aurélio Costa Leite, psiquiatra com especialização em sono, dor e psiquiatria geriátrica.

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Apesar das semelhanças entre as síndromes – e, por isso Síndrome de burnout e distúrbios do sono podem ser confundidos -, a apneia do sono é um distúrbio relacionado à piora da qualidade de vida e sono, além de problemas de saúde como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.3 A apneia deve ser investigada e tratada nos casos moderados e graves.4 No Brasil, estudo publicado em 2019 mostrou que o percentual pode chegar a 49,7% da população.5

Alguns sinais que podem indicar a presença do distúrbio são: ronco, cansaço diurno constante, dificuldade de concentração, dores de cabeça matinais, humor depressivo, falta de energia, esquecimento ou hábito constante de acordar para ir ao banheiro.6

Uma vez que a apneia do sono é diagnosticada, o tratamento mais comumente indicado é a adoção regular do CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas).4 No Brasil, o tratamento para apneia pode ser realizado com auxílio de equipamentos. Pacientes podem acompanhar sua própria terapia com CPAP por um aplicativo gratuito e fácil de usar, chamado myAir™, desenvolvido pela ResMed, empresa de soluções para o tratamento da condição. O uso de tecnologias para engajamento do paciente como o myAir demonstrou melhorar a adesão ao tratamento.7

Referências:

  1. Ministério da Saúde. Disponível em: 
  2. Entrevista concedida a ResMed em 01/12/2021. Vide também Guglielmi O. et al. Sleep Med. 2014 Sep;15(9):1025-30. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25047171/
  3. Bonsignore et al. Multidiscip Respir Med. 2019; 14:8. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30809382/
  4. AASM Clinical Practice Guidelines. Treatment of OSA with PAP. J Clin. Sleep Med. 2019; 15(2):335-43.
  5. Benjafield et al. Lancet Resp. Med. 2019; 6.
  6. Disponível em: https://www.resmed.com.br/apneia/home
  7. Malhotra A, et al. Chest, 2018. Disponível em: https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(17)33073-8/fulltext

* Com informações da assessoria de imprensa

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