Na tentativa de melhorar os cuidados com a saúde, muitas pessoas têm procurado na suplementação de vitaminas a solução para o cansaço, perda de memória, falta de disposição, e ainda fortalecer o sistema imunológico. O que a maioria não sabe, é que o excesso dessas vitaminas pode trazer riscos para a saúde.
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O alerta surge com o alto índice de buscas por suplementação de vitaminas na internet. Nos últimos 5 anos, o interesse por esse tema aumentou 102% no Brasil, segundo dados do Google Trends.
Para o endocrinologista André Vianna, esse cenário é reflexo de uma falsa crença de que as vitaminas são uma espécie de remédio natural. “As pessoas utilizam isso como se fossem remédios mesmo, remédios de uma certa forma naturais para melhorar diversos aspectos da saúde. Quando, na verdade isso tudo é um grande mito, um grande mercado que tem o maior objetivo de arrecadar milhões, bilhões de dólares na venda desses suplementos”, afirma Vianna.
Além de um gasto financeiro – que acaba sendo em vão já que as vitaminas em excesso são descartadas pelo organismo nas fezes e urina – essa suplementação sem recomendação médica pode ser tóxica para o organismo. “Um exemplo disso é o excesso de vitamina A que pode levar à toxicidade aguda, causando sintomas como náuseas, vômitos, dores de cabeça, tonturas, visão turva, irritabilidade e até mesmo danos ao fígado. Agora imagine isso somado a tantas outras vitaminas que uma única pessoa pode tomar todos os dias”, explica o médico endocrinologista.
Mais comida, menos comprimidos
São poucas as pessoas que realmente precisam de uma reposição de vitaminas e minerais, como é o caso de pacientes bariátricos ou aqueles que por algum motivo estão com um déficit – o que deve ser feito com indicação e supervisão de um médico ou nutricionista e por um tempo determinado até que o índice seja normalizado.
Vianna explica que a falta de vitaminas é sim muito comum, mas com uma boa alimentação é possível garantir todos os nutrientes necessários. “A maioria dos elementos que a gente precisa, vitaminas, elementos químicos como vitaminas do complexo B, A, D, que é bastante utilizada, magnésio, ferro, colágeno, entre outras, a gente encontra em quantidades suficientes na nossa dieta. O alimento que a gente come, tendo uma dieta saudável, é o suficiente. O nosso corpo tira dali o que a gente precisa. Então, suplementos não são necessários. Apenas em raríssimas ocasiões”, afirma.
A nutricionista Natalie Marques comenta que o segredo está em uma alimentação saudável e variada. “A monotonia alimentar acaba prejudicando muito essa oferta de outros nutrientes. Para consumir o necessário, a gente precisa pelo menos fazer 5 a 6 refeições no dia e essas refeições devem ser bem variadas”, explica.
Os vegetais verdes escuros, por exemplo, são ricos em muitas vitaminas, principalmente cálcio, ferro, magnésio e vitamina C. Frutas como acerola, goiaba, morango, também são ricas em vitamina C. “Mais ou menos 150 ml de suco de acerola já daria uma quantidade ideal de vitamina C no dia. Carne vermelha, rica em vitamina B12, outras proteínas como ovos, vitamina E, vitamina do complexo B. Consumindo e se alimentando de uma maneira saudável e variada não há necessidade de usar as suplementações”, afirma a nutricionista.
*Informações Assessoria de Imprensa
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