Perda de sono interfere na saúde do empregado

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(Foto: drazen zigic/Freepik)

Muito tempo em vigília pode desencadear problemas de saúde. Burnout e hipertensão estão entre as doenças, consideradas sérias, que podem ser provocadas pela falta de sono. Pesquisas neurocientíficas apontam que se privar de repouso prejudica o funcionamento do cérebro. Quando se gera ativação de algumas células, que são chamadas de gliais, ocorre a promoção de uma “limpeza” no organismo. O processo está associado à salubridade do indivíduo, que necessariamente depende disso para ter uma vida saudável.

Leia também – Atividades noturnas e uso de telas têm aumentado problemas relacionados a privação de sono

Não é de hoje que a qualidade de vida está na mira das empresas.  Tornou-se um consenso no mercado o fato de que a produtividade esteja vinculada a práticas que preservem a saúde dos seus colaboradores. Então, quais são as implementações que as companhias podem fazer para melhorar a qualidade de sono dos seus funcionários?

Para Alex Araujo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional – empresa líder em saúde e segurança do trabalho, a discussão ainda precisa melhorar muito dentro do setor privado. “Falando a longo prazo, doenças como obesidade, diabetes e hipertensão também podem ser desencadeadas por noites mal dormidas. Isso ocorre porque o sistema necessita de descanso para responder às ameaças com eficiência. É dever das empresas disponibilizar acompanhamento médico para todos os seus colaboradores, criando assim um ambiente saudável voltado para o bem-estar e para a qualidade de vida do colaborador”, complementa Araujo.

O estímulo para um melhor desenvolvimento pessoal e coletivo no ambiente profissional depende de uma série de práticas que envolve a liderança do local e o próprio empregado. Entretanto, dormir no serviço ainda não é uma prática permitida. Portanto, quando há incidências de casos que mostram sinais de desatenção, o encarregado deve apurar informações para que haja soluções.

O Brasil é o segundo país com os mais altos índices de burnout entre os seus colaboradores. A falta de sono pode gerar esgotamento mental. Gerando-se, a partir disso, perda de memória e dificuldade para lembrar informações. Dormir menos pode ocasionar diminuição da libido; problemas dermatológicos decorrentes do estresse; e alterações de humor constantes que podem causar irritação, impaciência e choro.

Veja como a falta de sono pode interferir na sua carreira:

Dormir bem e melhor desempenho profissional

Quem dorme bem pode ser mais ágil ao tomar decisões ou realizar tarefas que exigem prontidão. Além disso, ocorrem no corpo funções hormonais saudáveis e melhor regulação emocional. Regula-se o nível de cortisol – hormônio produzido pelas suprarrenais e conhecido por causar estresse – mas que também contribui para regular outros hormônios.

Dormir bem contribui para inibir a incidência de doenças, manter um peso saudável, reduzir o risco de diabetes e doenças cardíacas; melhora o humor; auxilia no pensamento claro e no melhor desempenho profissional. O indivíduo se torna mais assertivo ao assumir riscos, mais motivado e experimenta mudanças físicas e comportamentais que seguem um ciclo de 24 horas, contribuindo para a saúde e o bem-estar da pessoa.

Dormir no trabalho gera justa causa

O atraso do sono pode acarretar problemas à vida do indivíduo que vive em constante vigília. Por isso, deve haver atenção para que os problemas pessoais não interfiram no âmbito profissional. Afinal, dormir no trabalho pode gerar até justa causa. É necessário estar atento. Caso a prática se torne recorrente, colaborador e empresa devem conversar e procurar soluções para sanar o problema

Entenda os estágios do sono

No primeiro estágio, ocorre o período entre a vigília e o sono. Num segundo momento, o corpo desacelera e se acomoda. Este é o sono leve do qual o indivíduo pode facilmente despertar. Começa-se, a partir disso, a descansar e digerir.  Este é o momento de quando se entra no modo de desaceleração. Este é o sono profundo de que é mais difícil ser acordado. A respiração e algumas atividades cerebrais estão mais lentas. Por fim, o cérebro começa a trabalhar, aumentando padrões que são semelhantes a ocasiões em que a pessoa está acordada. A respiração e a frequência cardíaca também crescem, enquanto os músculos permanecem parados. Nesta fase, há chances de haver sonhos intensos.

O que acontece com quem não dorme?

Estima-se que pessoas com insônia tenham até 17 vezes mais chances de desenvolver depressão e ansiedade. Há evidências de que a falta de sono esteja vinculada a várias dificuldades de saúde mental e experiências como delírios e alucinações. Em alguns casos, recomenda-se o agendamento de uma consulta com especialistas.

Bons hábitos podem ajudar a melhorar a insônia

Para que a iniciativa dê certo, é necessário que se vá para cama no horário e que igualmente se levante dela no momento certo. Um sono apropriado exige descanso de sete a oito horas por dia. Crie um ambiente mais agradável que lhe facilite o repouso. Um espaço silencioso, escuro e com temperatura confortável contribuem para esse processo. Definir um horário é igualmente relevante. A dieta também é um fator determinante quando o assunto é saúde. Com o sono não é diferente. Comer bem reflete no tempo de descanso. Fazer exercícios é outra opção para os que querem relaxar à noite, porém, especialistas em medicina esportiva aconselham atividades esportivas durante o dia, para que o nível de adrenalina não seja intenso antes de dormir.

Dormir no trabalho gera justa causa

O atraso do sono pode acarretar problemas à vida do indivíduo que vive em constante vigília. Por isso, deve haver atenção para que os problemas pessoais não interfiram no âmbito profissional. Afinal, dormir no trabalho pode gerar até justa causa. É necessário estar atento. Caso a prática se torne recorrente, colaborador e empresa devem conversar e procurar soluções para sanar o problema.

*Informações Assessoria de Imprensa

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