Quem tem diabetes não pode descuidar da rotina. Saber suais são os exercícios indicados para quem tem diabetes torna-se essencial para a manutenção da saúde e da qualidade de vida. Fortalecimento, exercícios cardiovasculares e mobilidade articular são apontados como os mais importantes para as pessoas com diabetes. A atividade física faz parte dos pilares do tratamento das DCNTs (doenças crônicas não transmissíveis), porém, esses três são apontados como essenciais e não podem faltar na rotina.
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Emerson Bisan, Diretor de Exercício Físico do Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD), organização sem fins lucrativos que tem como objetivo promover a saúde integral e qualidade de vida das pessoas com diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis por meio do exercício físico, inclusão e garantia de direitos, explica os motivos dessas atividades físicas serem mais benéficas às pessoas com diabetes. Acompanhe:
Trabalho muscular – fortalecimento
O fortalecimento traz melhora na composição corporal pelo aumento de massa magra, dá mais força para as atividades do dia a dia, melhora postura e previne doenças da coluna. O exercícios de fortalecimento são aqueles feitos com pesos, mesmo que esses pesos sejam do próprio corpo. Neste caso, pode-se praticar musculação, ginástica localizada, treinamento funcional e alguns segmentos do Pilates. “No diabetes, o ganho de massa magra aumenta o que chamamos de taxa metabólica, que é o mínimo de energia necessário para manter as funções do organismo em repouso (batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração e manutenção da temperatura corporal). Quanto maior a taxa metabólica, mais energia é gasta em repouso, o que, consequentemente, pode causar a redução do uso de medicamento necessário”, explica Bisan.
Trabalho aeróbico – cardiovascular
Entre os exercícios indicados para quem tem diabetes estão caminhada, corrida, natação, remo, corda, dança, futebol, ciclismo, basquete e artes marciais. Eles são aqueles exercícios que utilizam o sistema de transporte do oxigênio para gerar energia. Além disso, essas atividades tendem a ser cíclicas e utilizam mais de 60% da massa corporal. “Os principais benefícios dos exercícios aeróbicos são a melhora da resistência geral (capacidade de suportar esforços por tempo prolongado), melhora dos sistemas circulatório e cardíaco, aumento do gasto energético ainda durante a prática e melhora da composição corporal. Para o diabetes, reduzem significativamente os riscos de complicações macrovasculares, como doenças cardíacas e circulatórias”, explica o diretor do Instituto CPD.
Alongamentos – mobilidade articular
Exercícios que interferem nos componentes elásticos da musculatura, tendões, ligamentos e fáscias como a Yoga, o Pilates e alongamentos de forma geral trazem inúmeros benefícios aos pacientes com diabetes, como melhora geral da postura, redução dos riscos de doenças da coluna e dos níveis de estresse e ansiedade. “Para o diabetes, exercícios de alongamento reduzem o enrijecimento articular, que pode causar complicações a longo prazo, como capsulite adesiva e dedo em garra”, comenta Bisan.
Está mais do que comprovado que a atividade física é benéfica para todos e faz parte da construção de uma boa saúde. Portanto, nunca é tarde para começar. “Distribua os diferentes tipos de exercícios, na semana trabalhando cada um deles ao uma menos uma vez e cumprindo a meta estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de praticar, no mínimo, de 150 minutos de atividade física de média intensidade ou 75 minutos de atividade física de alta intensidade”, incentiva Bruno Augusto, preparador físico do Programa.
* Com informações da assessoria de imprensa
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