Confira dicas para facilitar a rotina de pessoas com a doença de Parkinson

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(Foto: Ilustração/Pixabay)

Segundo dados retirados da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a doença de Parkinson é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, atrás apenas do Alzheimer. Estima-se que há aproximadamente quatro milhões de pessoas no mundo vivendo com a enfermidade, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Com o aumento na expectativa de vida, este número pode dobrar até 2040. Para as famílias que já convivem com entes nesta condição, a coordenadora técnica da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas supervisionadas, Janaína Rosa, preparou algumas dicas para facilitar as tarefas diárias, levando em consideração as manifestações e nível da doença:

Antes de iniciar uma atividade, peça que o idoso planeje mentalmente as atividades que serão realizadas. Desta maneira, ele terá maior segurança no movimento que irá fazer. Vale ressaltar que esta organização não será tão eficaz se o ambiente sofrer com mudanças contínuas, por isso, deve-se evitar a troca de móveis, por exemplo.

Quando a atividade apresentar certo risco ou esforço para o idoso, evite conversar com ele, pois, assim, a atenção não é dividida e o foco fica apenas no que está sendo feito. Lembre-se, no Parkinson, os movimentos deixam de ser automáticos e passam a ser pensados antes de serem realizados. Este entendimento ajuda a compreender porque as atividades são realizadas uma a uma e não duas ao mesmo tempo.

Durante as refeições, evite deixar a televisão ligada, para que a concentração esteja apenas na atividade do momento. O idoso precisa estar em uma posição confortável e o ambiente deve contar com uma boa iluminação. Os utensílios usados para a refeição podem ser adaptados.

Tenha sempre por perto uma cadeira, pois em casos de fadiga extrema, o idoso tem onde descansar. A cadeira, em um determinado estágio da doença, se torna um item importante para o idoso que já apresenta instabilidade postural.

Priorize roupas confortáveis, evitando botões ou zíper; caso tenha, deixe o idoso sentado para abri-los e fechá-los. Pode ser que sejam necessários comandos verbais para ajudar na construção do movimento que será realizado, portanto, observe o idoso para ver se este já é o caso.

A fadiga é uma característica muito comum e é até mesmo esperada na doença, que causa muito impacto na condição geral do enfermo. Existem técnicas para o gerenciamento desse estágio e os profissionais de saúde envolvidos nos cuidados podem te ajudar. Além das técnicas, uma boa noite de sono e um cochilo, 40 minutos no máximo, no meio da tarde, pode ajudar bastante.

*Informações Assessoria de Imprensa