A ImpulsoGov, organização sem fins lucrativos e suprapartidária que apoia governos a aprimorar os serviços de saúde pública, realizou uma pesquisa sobre as percepções de profissionais da Atenção Primária à Saúde, principal porta de entrada do SUS, sobre as apostas online, conhecidas como bets.
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Os(as) profissionais receberam mensagens via WhatsApp com perguntas sobre: mudança de sintomas associados à saúde mental nas unidades de saúde em que trabalham relacionados às apostas online; o nível de preparação em termos de recursos e suporte disponíveis nas unidades de saúde para lidar com as questões de saúde mental relacionadas ao tema; e suas percepções sobre a regulamentação desse tipo de apostas. A pesquisa coletou respostas de 2.172 profissionais de 951 municípios, abrangendo todas as 27 unidades da federação, entre os dias 30 de setembro e 01 de outubro de 2024.
Destaques:
● 49,4% dos respondentes perceberam um aumento nos sintomas associados à saúde mental em sua unidade de saúde devido às apostas online. Destes, 49,3%
disseram ter percebido um “Grande aumento” e 50,7% um “Pequeno aumento”. A percepção de um aumento nos sintomas de saúde mental foi maior entre os
participantes da região Norte (58,0%).
● 55,2% dos respondentes afirmaram que não se sentem preparados, em termos de recursos e suporte disponíveis em sua unidade de saúde, para atender às questões
de saúde mental relacionadas às apostas online. Outros 36,4% afirmaram que os recursos e suporte disponíveis são suficientes “em parte”. Apenas 8,4% afirmaram
que “sim, são suficientes”.
● A maioria (58,2%) dos profissionais que responderam à pesquisa afirmou ser favorável à proibição das apostas online no Brasil. Outros 36,8% disseram ser favoráveis à legalização das apostas online, desde que com mais regras. Apenas 5,0% opinaram que o mercado de apostas online no Brasil deve ser permitido “como está”.
Perfil dos participantes
A pesquisa foi realizada junto à base de profissionais de saúde inscritos na lista de mensagens da ImpulsoGov para receber conteúdos sobre Atenção Primária à Saúde e
atualizações sobre os projetos da organização. O levantamento também apresenta os resultados detalhados por região, porte do município e cargos. A maioria dos respondentes tinha atuação nas regiões Nordeste (37,3%) e Sudeste (24,6%); em municípios com mais de 100 mil habitantes (39,4%) ou menos de 20 mil habitantes (23,2%); e ocupavam cargos de enfermeiras(os) e coordenadoras(es) de equipe (44,4%) ou de agentes comunitários de saúde (27,7%).
*Informações Assessoria de Imprensa
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