Por que a quarta dose é importante?

Quarta dose da vacina contra a Covid-19 foi ampliada para as pessoas com 50 anos ou mais

Por que a quarta dose é importante
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Os casos de Covid-19 estão aumentando nas últimas semanas. Em contrapartida, o Ministério da Saúde anunciou a ampliação da vacinação contra o coronavírus para as pessoas acima de 50 anos, com a distribuição da quarta dose. E porque a quarta dose é importante, ainda mais neste contexto?

Embora o relaxamento das medidas preventivas também possa ser responsável por esse aumento de casos confirmados da doença, a médica infectologista do Hospital São Vicente Curitiba, Thatiane Nakadomari, alerta sobre a menor procura da população pelas doses de reforço da vacina. “É muito importante tomar a dose de reforço. Estamos vendo muitos pacientes que tomaram as duas primeiras doses, mas não tomaram a dose de reforço. O esquema vacinal completo hoje, da vacina contra a Covid-19 para o adulto jovem, são três doses e para os imunossuprimidos e pessoas acima de 50 anos são quatro doses”, afirma a médica ressaltando por que a quarta dose é importante.

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De acordo com o Ranking da Vacinação contra a Covid-19 no Paraná, até o dia 5 de junho 95,97% dos paranaenses tinham recebido a primeira dose e 87,36% a segunda dose. Já para a dose de reforço a procura teve uma queda pela metade: somente 48,51% das pessoas tinham sido imunizadas.

Ao anunciar a ampliação da quarta dose para as pessoas acima de 50 anos, a Secretaria de Estado da Saúde informou, em 4 de junho, que, segundo dados do sistema nacional, cerca de 4,3 milhões de paranaenses não tomaram a dose de reforço e 1,3 milhão deixaram de fazer a segunda dose convencional (D2).

O secretário de Estado da Saúde, César Neves, explicou por que a quarta dose é importante. De acordo com ele, o imunizante adicional é uma maneira de expandir a proteção e conter casos mais graves da doença. “A dose extra é ideal para possibilitar uma camada maior de resistência contra o vírus. Embora este seja um período mais acentuado de confirmações de casos, é possível notar como a eficácia da vacina tem contido as complicações e agravamentos da Covid-19 em todo o Estado”, enfatizou.

Na avaliação de Thatiane Nakadomari, a vacinação em massa da primeira e segunda dose ajudou a reduzir a disseminação do coronavírus e diminuir a gravidade da infecção em quem acaba sendo contaminado. Mas, sem as doses de reforço, essa situação pode piorar. “Não é vacina demais, como já ouvi falarem. Temos estudos dizendo que somente duas doses não foram suficientes para conter a disseminação do vírus”, ressalta. “Nos idosos e imunossuprimidos a quarta dose também é importante. Como o sistema imune dessa população não funciona de uma forma adequada, precisa de uma dose a mais para que responda adequadamente quando entrar em contato com o vírus”, complementa.

A infectologista observa ainda que, apesar dos casos serem mais leves, continuam ocorrendo hospitalizações devido à Covid-19. “Alguns pacientes ainda são internados, principalmente quem faz parte da população de risco, como idosos, pacientes com comorbidades”, destaca.

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