A estrutura para tratamento do alcoolismo

estrutura para tratamento do alcoolismo
(Foto: Pixabay)

No mês de agosto, o Saúde Debate promoveu live sobre a prevenção e estrutura para tratamento do alcoolismo, além de publicar uma série de matérias sobre o assunto. Desta vez, o portal especializado na área da saúde traz mais informações sobre o acesso e o que está disponível para esses pacientes.

A reportagem do Saúde Debate pediu informações à Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) sobre a estrutura para tratamento do alcoolismo e o panorama do combate à doença no Estado.

A pasta cita um levantamento do Centro de Informações sobre Álcool e a Saúde dos Brasileiros – Panorama 2022 (Cisa), no qual houve um aumento do consumo de álcool pela população em geral. Em 2010, 18,1% da população adulta fez consumo abusivo de álcool, 20,6% foram considerados bebedores não-abusivo ou social e 61,3% eram abstêmios. Em 2021, o estudo apontou que 18,4% dos adultos consumiram abusivamente o álcool, 23,5% não abusivo e 58,2% se mantiveram abstêmios. Em 2020, o Paraná registrou cerca de 37 óbitos por 100 mil habitantes por causas atribuídas total ou parcialmente ao álcool.

A estrutura para o atendimento do alcoolismo tem suporte na rede pública de saúde, por meio da rede básica de saúde dos municípios. Na maioria das vezes, a assistência inicial é realizada por equipes do Programa Estratégia Saúde da Família. Os pacientes são identificados e encaminhados à rede de saúde mental dos municípios, pela Linha de Cuidado em Saúde Mental disponível nas Unidades Básicas de Saúde, (UBS), Consultórios na Rua, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), equipes multiprofissionais de Atenção Ambulatorial à Saúde Mental, ambulatórios especializados dos consórcios regionais, os leitos de referência em Saúde Mental dos hospitais gerais, os leitos de Psiquiatria em hospitais especializados.

Segundo a Sesa, no Paraná, existem 151 Caps, para atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, crack e outras substâncias, que se encontram em situações de crise. Além deles, a população que necessita de atendimento pode ir até as Unidades de Acolhimento Adulto e InfantoJuvenil (SIMPR). Estes são dispositivos de saúde Regionais, compostos de um Caps AD III + Unidade de Acolhimento (UA), que prestam atenção especializada a pessoas com sofrimento decorrente do uso de álcool e outras drogas, com funcionamento 24 horas.

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