Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino: alerta para a alimentação

    Assim como acontece em outros meses ao longo do ano, a campanha de conscientização Março Azul-Marinho faz um alerta à população sobre o Câncer Colorretal (CCR). A ideia, que surgiu a partir do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino, celebrado no dia 27 de março, é ampliar o conhecimento das pessoas sobre essa doença que está associada à má alimentação e ao sedentarismo, entre outros fatores.

     

    O câncer de cólon e reto é um dos mais comuns no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que o país terá 41 mil novos casos diagnosticados em 2021 e, quando se fala nesta doença, a demora no tratamento pode ser fatal. O câncer colorretal atinge o intestino grosso e um exame de colonoscopia pode revelar se o paciente tem algum tumor.

     

    Segundo a Sociedade Americana de Câncer, o risco de desenvolver câncer colorretal ao longo da vida é um pouco menor nas mulheres do que nos homens: cerca de 1 em 23 (4,4%) para homens e 1 em 25 (4,1%) para mulheres.

    Leia também – Março azul-marinho: um alerta sobre os cuidados na prevenção do câncer colorretal

    Riscos e Diagnóstico

    A alta incidência tem relação com fatores de risco para desenvolver a doença. No caso do câncer colorretal, os mais frequentes são obesidade, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e dieta; idade superior aos 50 anos; histórico pessoal de pólipos adenomatosos ou câncer colorretal, de doença inflamatória intestinal e também histórico familiar; síndromes hereditárias, raça negra e diabetes tipo 2.

     

    No entanto, segundo Milena Cornacini, Nutricionista Clínica, Esportiva e Ortomolecular, Mestre e Doutora em Nutrição e Consultora Técnica da Katayama Alimentos, o tratamento do câncer colorretal evoluiu bastante nos últimos anos e os pólipos são diagnosticados durante o rastreamento e retirados antes que possam se transformar em uma doença neoplásica ou tumor maligno. O rastreamento também possibilita que a doença seja diagnosticada precocemente, favorecendo o tratamento.

     

    Dietas e o consumo de ovo

    Uma dieta rica em carnes vermelhas e processadas pode aumentar o risco de câncer colorretal. Comidas preparadas a temperaturas muito altas (frituras, grelhados ou assados) criam substâncias químicas que também podem aumentar o risco da doença, de acordo com a especialista.

     

    A dieta pode exercer um efeito protetor contra este câncer. Os fatores de proteção que têm sido associados a uma diminuição na incidência de câncer colorretal incluem uma alimentação rica em frutas e vegetais, abundante em fibras, em folato (leguminosas), cálcio, produtos lácteos, vitamina D, vitamina B6, ingestão de magnésio, consumo de peixe e alho.

     

    “Logo, o consumo de ovos pode ser uma opção em substituição à proteína da carne vermelha e das processadas (presunto, peito de peru, salsicha, linguiça, bacon, salame, mortadela). Além do mais, o ovo é rico em nutrientes essenciais à saúde, tais como graxos poli-insaturados, ômega 3, ômega 6, niacina, tiamina, riboflavina, vitamina B6, B12, zinco, magnésio, selênio, vitamina A, vitamina D, vitamina E, ácido fólico e betacaroteno. Optar pelo consumo dos ovos enriquecidos com ômega 3, vitamina E e selênio é uma ótima opção para se prevenir da enfermidade”, aconselha Milena.

     

    Mesmo assim, é importante e indicado que a pessoa portadora do câncer de intestino busque um profissional nutricionista, neste caso um especialista em nutrição oncológica, a fim de planejar uma dieta personalizada, objetivando a prescrição de um plano de acordo com as necessidades nutricionais, biológicas e patológicas para a prevenção e tratamento oncológico adequado.

    Leia também – Alerta para aumento de casos de câncer de cólon

    Leia também – Dramas e dilemas de pacientes com câncer em meio à pandemia da Covid-19