Dia Internacional de Atenção à Gagueira – Trocando a apatia pela empatia

Dia 22 de outubro comemora-se o Dia Internacional de Atenção à Gagueira. Anualmente, é realizada a campanha “Gagueira não tem graça, tem tratamento”, com temas variados. Este ano, o IBF – Instituto Brasileiro da Fluência elegeu o tema TROCANDO A APATIA PELA EMPATIA.

Essa campanha tem como objetivo informar a sociedade sobre o que é a gagueira, divulgar conhecimentos científicos, quebrar mitos, colaborar para a redução da discriminação e preconceito.

Mas o que vem a ser a gagueira? É um distúrbio da fluência, onde ocorrem rupturas no fluxo da fala (repetições, prolongamentos e bloqueios) cuja causa é principalmente, genética e hereditária, somada a diferentes fatores ambientais, linguísticos, motores.

Ela surge, geralmente, na infância e pode persistir até a idade adulta, pois de 5% das crianças que gaguejam, 4% tem uma recuperação espontânea. É importante que se saiba que a pessoa que gagueja sabe o que quer dizer e não gagueja porque quer, pois independe da sua vontade. Não tem um controle sobre isso e não gagueja o tempo todo.

A gagueira é imprevisível, intermitente e involuntária. Dessa forma, apressá-la, dizer para respirar, pensar, ter calma, completar suas frases, na verdade NÃO ajuda. O ouvinte só precisa ter paciência, prestar atenção e respeitar o tempo que a pessoa necessita para completar sua mensagem. É apenas um jeito diferente de falar, pois seu cérebro funciona de um jeito diferente.

Muitas vezes, por reações inadequadas do ouvinte, a pessoa que gagueja, começa a desenvolver medo de falar, de ser criticada, zombada e acaba evitando sua comunicação e restringindo seus contatos sociais. Em função disso, desejando que as pessoas superem o medo de gaguejar, e o ouvinte compreenda melhor o que se passa com aquele que gagueja, foi escolhido o tema da empatia.

Muitos não sabem que a gagueira, embora não tenha cura, tem tratamento em qualquer fase da vida, pode melhorar muito, e quanto mais cedo tratar, maiores as chances de superação. O tratamento é feito por um fonoaudiólogo especializado em fluência.

Respeito e empatia andam de mãos dadas juntas. Vamos participar dessa campanha!

* Marta Maria Chiquetto é Fonoaudióloga especialista em Fluência – CRFa 3-2364-2

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