O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, destacou que não pode haver pressa para declarar a nova cepa do novo coronavírus, Covid-19, uma pandemia sem “uma análise cuidadosa e correta dos fatos”. Nesta quarta-feira (26), Ghebreyesus apresentou uma atualização sobre a doença, em Genebra, e disse que “não subestima a seriedade da situação ou seu potencial de se tornar uma pandemia”, porque “existe esse potencial”.
Preparação
O chefe da OMS revelou que a agência está pronta para ajudar todos os países a se preparem para esse cenário. E alertou que “mesmo os que ainda não têm casos devem estar preparados para uma possível pandemia”.
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Na terça-feira (25), o número de novos casos notificados fora da China ultrapassou o total de pacientes confirmados, pela primeira vez, no país.
O chefe da OMS destacou que fora do território chinês existem agora 2.790 casos em 37 países, com um total de 44 mortes. Até esta segunda-feira, pelo menos 80.239 pacientes haviam sido confirmados.
Tedros Ghebreyesus explicou que nessas 24 horas foram relatadas 10 novas notificações na China continental, fora da província de Hubei, epicentro do Covid-19. Em nível global, há dezenas de novos pacientes na Coréia do Sul, na Itália e no Irã.
“Esperança”
A OMS pede que a comunidade internacional tenha “esperança, coragem e confiança” sobre ações para conter o vírus. Ele destacou que 14 países não relatam novos casos há mais de uma semana.
Ghebreyesus contou que neste momento, a agência da ONU não está lutando apenas para conter um vírus e salvar vidas, mas também para travar os danos sociais e econômicos que uma pandemia global poderia causar.
A OMS está atuando com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), para estimar o possível impacto econômico da epidemia, criar uma estratégia e analisar opções de políticas para mitigação.
Viagens
Com a Organização Mundial do Turismo, a OMS coopera para guiar os países sobre turismo e viagens e os receios do novo vírus. Até o momento, não foi declarada qualquer restrição de viagens.
Entretanto, o relator especial de direitos humanos para a Coreia do Norte apelou a uma união de esforços entre a comunidade internacional e o país para evitar um surto nessa nação asiática.
Tomás Ojea Quintana disse que a Coreia do Norte está tentando evitar que o Covid-19 se espalhe incluindo controles rígidos de entrada no país e busca da assistência de agências da ONU.
Mas o especialista destaca que o mundo apoie essas ações permitido o acesso total e desimpedido a especialistas e agências humanitárias e aliviando as restrições de acesso à informação. Nenhum caso de Covid-19 já foi oficialmente confirmado no país.