O Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac no país, informou que a vacina contra Covid-19 se mostrou eficiente contra novas variantes do coronavírus. A informação havia sido divulgada pelo instituto em 8 de fevereiro e reafirmada nesta quarta-feira (17), quando o Butantan lançou o Projeto S.
Segundo o instituto, a CoronaVac apresenta “melhor desempenho contra as novas cepas do coronavírus na comparação com as vacinas que se utilizam de uma única proteína como antígeno (a chamada proteína S)”, conforme nota publicada no site da instituição. Foram realizados testes com as variantes britânica e sul-africana do novo coronavírus, que já mostraram um bom desempenho das vacinas com vírus inativado (tecnologia da vacina do Butantan), e análises estão sendo feitas atualmente contra a cepa amazônica, confirmada em janeiro deste ano.
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“Estamos testando com a variante amazônica. Já estamos fazendo inclusive com amostras de soro de pessoas vacinadas aqui no Brasil. Brevemente teremos esses resultados e acreditamos que, pela própria forma como a vacina é produzida, essa possibilidade de ter escape, de não ter a resposta, é bem menor”, explicou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
Nesta quarta-feira (17 de fevereiro) foi iniciada a vacinação da população de Serrana (SP) que participa do Projeto S, estudo clínico que está sendo realizado pelo Butantan com o objetivo de entender a eficácia da vacinação no controle da transmissão e na redução do número de casos de Covid-19. A primeira etapa da imunização vai até 21 de fevereiro e se estende até março. A iniciativa pretende vacinar, em caráter de pesquisa clínica, cerca de 30 mil habitantes do município. Por meio do acompanhamento da população de Serrana, o Projeto S vai avaliar o impacto da vacina na transmissibilidade do novo coronavírus, na redução da sobrecarga no sistema de saúde e na aceitação da vacinação.
“É um estudo que vai contribuir para o entendimento do programa de vacinação em controlar a pandemia. Por isso é de interesse mundial. Nunca foi feito um estudo como esse, é a primeira vez. Nós estamos inovando e esperamos que o resultado desse estudo seja extremamente positivo para que a gente possa desenvolver as próximas estratégias de combate a essa pandemia e a outras pandemias”, salientou Dimas Covas.
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