Com que frequência você sente dor de cabeça?

Infelizmente, sentir dor de cabeça é algo comum para boa parte da população. De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), ao longo da vida, 95% das pessoas sentirão dor de cabeça pelo menos uma vez. Com que frequência você sente dor de cabeça? Só no Brasil, 140 milhões de pessoas convivem com o problema, sendo 30 milhões diagnosticadas com enxaqueca. Há, pelo menos, 150 tipos de dores de cabeça, conforme explica a Rede D’Or São Luiz em seu site institucional.

Apesar de ser comum, a dor de cabeça não pode ser negligenciada. Este pode ser um sinal de algo isolado e passageiro, mas também sintoma de outras doenças. Por isso, é essencial procurar orientação médica para descobrir a causa e realizar o tratamento indicado. O doutor em neuroanatomia e mestre em anatomia humana pela Unicamp, Mario Sabha Jr., explica que as dores de cabeça podem ter diversas origens relacionadas com o próprio cotidiano da pessoa. “Ela pode ser gerada por cansaço, insônia, falta de nutrição ou hidratação, desgastes emocionais como discussões e brigas, fotossensibilidade por alta exposição à luz solar ou a telas de computadores e celulares”, exemplifica.

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Já se a pergunta “Com que frequência você sente dor de cabeça?” estiver ligada a episódios de tensão e de estresse, pode ser um sinal da chamada cefaleia tensional. Nesse tipo de situação, a pessoa acaba tensionando os músculos dos pescoço, da nuca e ao redor do crânio, muitas vezes sem perceber, o que acarreta o problema. É uma dor que atinge toda a região da cabeça, mas não impede a pessoa de seguir com as atividades diárias. Se a dor afeta somente um lado da cabeça de forma pulsante, causando queda da pálpebra ou olhos lacrimejantes, o quadro é de cefaléia em salvas. Já a cefaléia cervicogênica tem origem no pescoço e irradia para a frente da cabeça ou atrás dos olhos. O problema está associado à coluna vertebral.

Segundo Sabha, é importante a pessoa se conhecer e notar se já tem dores de cabeça, ou seja, saber responder “Com que frequência você sente dor de cabeça?”. “O que não pode ser feito é negligenciar a dor. Uma pessoa que não costuma ter esse sintoma e de repente passa a ter sem que seja um dos motivos que citei, pode estar em uma situação de emergência e até mesmo com o sintoma de um AVE (Acidente Vascular Encefálico, popularmente conhecido como AVC)”, alerta.

Enxaqueca

A dor de cabeça também pode ser um sinal de enxaqueca, uma espécie de dor de cabeça primária que pode ser desencadeada por gatilhos, como o estresse, que tende a piorar as crises. Entre os sintomas comuns estão as dores unilaterais e pulsantes; sensibilidade à luz, cheiro e sons; náuseas; e vômito. O estilo de vida está diretamente associado à probabilidade de surgimento das crises. Por isso, a recomendação da SBCe para evitar o problema é buscar hábitos saudáveis como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas regularmente, ter boas noites de sono e buscar auxílio por meio da terapia cognitiva e técnicas de relaxamento. Outra orientação é manter um diário de monitoramento das crises, anotando a frequência com que surgem e os gatilhos que a desencadeiam para apresentá-lo nas sessões médicas e de terapia.

Quando procurar um médico?

A automedicação é um risco para a saúde e, por isso, deve-se evitá-la. Quando a dor de cabeça persistir, é hora de procurar ajuda médica, pois o uso de analgésicos por conta própria pode, além de não resolver a situação, originar outros problemas e mascarar o sintoma de alguma doença. Por isso, a recomendação é buscar ajuda profissional para identificar as causas da dor e tratá-la corretamente. O médico neurologista é o especialista indicado para este caso. Durante a consulta, além da avaliação clínica, o profissional poderá solicitar exames de imagem para a realização de uma avaliação mais detalhada, como o raio-X, a ressonância magnética ou a tomografia computadorizada.

A dor de cabeça pode ser sinal de muitas doenças, por isso, é sempre necessário investigá-la, sobretudo, quando o problema persiste, piora gradativamente, surge depois de um trauma na região, vem associado à febre ou perda de movimentos, e se o paciente tem mais de 50 anos.

As dores de cabeça, tanto as mais leves como as mais persistentes, podem ser tratadas com a ajuda de um especialista. “Além dos medicamentos, temos tratamentos com osteopatia, quiropraxia, acupuntura e terapias no crânio para a maioria dos casos. No entanto quando a dor está relacionada a males mais graves, como a covid, o primeiro passo é tratar a doença”, explica Sabha. “Com um tratamento integral é possível identificar a origem do problema e realizar o cuidado a partir dali. Existem situações emocionais, por exemplo, em que a pessoa ao dormir bem, realizar uma dieta correta e exercícios físicos já consegue alcançar um certo equilíbrio”, afirma.

* Com informações das assessorias de imprensa

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