Há mais queixas de dores na mandíbula e na cabeça durante a pandemia, diz especialista

Você está sentindo dores na mandíbula e na cabeça durante a pandemia? O isolamento social e a insegurança pelo futuro têm causado diversos reflexos relacionados à saúde. No consultório odontológico, por exemplo, uma das queixas tem sido a dor na musculatura e articulação temporomandibular, aliada à dor de cabeça. Junto com ela, intercorrência de fraturas e trincas dentárias.

A cirurgiã dentista, especialista em DTM e Dor Orofacial Alice Miotto, da Ki Odontologia, clínica de Curitiba (PR), explica que dores na face, dificuldade durante a mastigação, estalos, ruídos ou travamentos mandibulares podem ser uma disfunção temporomandibular, a famosa DTM. “Esses sintomas tendem a causar dor ao abrir e fechar a boca e bastante desconforto facial. É a ansiedade e o estresse, descontados na musculatura mastigatória. É comum que os pacientes também reclamem de uma má qualidade de sono, sintomas intensificados pela ansiedade da pandemia”, afirma.

Sintomas das dores na mandíbula

 

A DTM engloba desordens musculares da articulação temporomandibular e acomete a função mastigatória, gerando dor ou desconforto na região das têmporas, próximas ao ouvido ou na mandíbula. A DTM articular provoca sintomas bem localizados à frente da orelha, provocando dor, desconforto, estalidos ou desvios ao exercer a função mandibular. “Caso sinta alguns desses sintomas ao comer, bocejar, falar ou mastigar você deve procurar um especialista”, explica Alice.

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Sentiu dores na mandíbula e na cabeça durante a pandemia? Conheça os tratamentos

O especialista em DTM e Dor Orofacial é capaz de investigar as dores orofaciais, como as cefaleias primárias e secundárias (dor de cabeça), odontalgias (dor de dente) e neuralgias, além do bruxismo. Isso acontece através de questionários, exame clínico e exames complementares. “Nada melhor que uma longa conversa com o paciente para saber detalhes sobre o histórico da sua queixa”.

O tratamento da DTM e dor orofacial é realizado por meio do controle da dor e alívio da queixa principal, utilizando técnicas não invasivas como medicamentos, termoterapia, fisioterapia, laser, acupuntura e terapia cognitivo comportamental. “Quando a dor é refratária, procedimentos invasivos podem ser necessários. O objetivo é controlar a dor e recuperar a função do aparelho mastigatório (como mastigação, fala, deglutição ou abertura bucal sem dor ou limitação), evitando também desgastes dentários, conservando a estética e garantindo a saúde e o bem-estar”, finaliza Alice.

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