O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente entre as mulheres brasileiras e representa cerca de 25% dos casos de câncer que afetam o sexo feminino, perdendo apenas para o câncer de pele – não melanoma. Até o final de 2020, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil terá cerca de 66 mil novos casos da doença. Por isso, é essencial saber como se prevenir ao câncer de mama.
O diagnóstico precoce aumenta e muito as chances de cura do paciente. Se o tumor for detectado pela mamografia, em sua fase inicial, quando ainda não é perceptível ao toque, a probabilidade de cura chega em 95%. Por isso, iniciativas de conscientização como a campanha Outubro Rosa são fundamentais para o sucesso do tratamento. Durante o mês, são várias ações para informar mulheres sobre as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.
Câncer de mama: como se prevenir
Não há uma causa única. Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres: envelhecimento (a partir dos 40), histórico familiar, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher (idade da 1ª menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, menopausa), consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente. A IARC – Agência Internacional para Pesquisa em Câncer – comprovou que hábitos de vida saudáveis podem evitar 30% dos tumores da mama.
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Prevenção e diagnóstico precoce
A principal missão do Outubro Rosa é reforçar a importância da detecção precoce e divulgar informações para que as mulheres façam exames regulares e monitorem a sua saúde. O câncer de mama também pode acometer os homens, mas eles representam somente 1% dos casos.
O autoexame deve ser feito frequentemente para verificar a presença de algum nódulo nos seios ou nas axilas, acompanhado ou não de dor. O Ministério da Saúde orienta que a mamografia seja realizada em mulheres com idade entre 50 e 69 anos (exceto em situações de risco, quando os exames devem começar mais cedo), com intervalo variável, dependendo de cada caso. Nas mulheres que realizam o exame rotineiramente, o índice de mortalidade da doença diminui em cerca de 20%, conforme os dados do INCA.
A radioterapia no combate ao câncer de mama
A radioterapia é um dos mais importantes tratamentos oncológicos e pode ser indicada para combater o câncer de mama em diferentes casos. “Após a cirurgia conservadora da mama, para diminuir as chances de recidiva na mama ou nos linfonodos próximos; após uma mastectomia, principalmente se o tumor tinha mais de 5 cm de diâmetro ou envolvimento axilar; e ainda se o tumor estava se espalhando para outros órgãos. Cada paciente é visto de forma individual e tem uma conduta médica totalmente adaptada para o seu caso”, explica Maíra Neves, médica radio-oncologista do Instituto Radion – especializado em radioterapia avançada.
O método que utiliza radiação ionizante para destruir o tumor cancerígeno é parte importante do tratamento multidisciplinar no câncer de mama, podendo ser aplicado em tumores inicias, assim como adjuvante à cirurgia, ou combinado com a quimioterapia e terapia hormonal, no caso de tumores mais avançados.
A especialista do Instituto Radion ressalta a importância de uma iniciativa como o Outubro Rosa. “Ampliar o entendimento de que a prevenção é a melhor estratégia é o que nos motiva nesta campanha. Nos envolvemos não só na campanha cor de rosa, mas em todas as outras campanhas coloridas que têm o objetivo de alertar sobre possíveis sintomas e a possiblidade de cura, quando do diagnóstico precoce”, conta a médica.
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