Hoje em dia, quando se fala em vacina, o pensamento vai direto para a batalha que travamos contra a Covid-19. Nunca se falou tanto sobre a importância da imunização. Porém, muito antes desse novo vírus virar o mundo de cabeça para baixo já convivíamos com muitos outros vírus e bactérias que, no passado, assolaram a humanidade e causaram doenças perigosas. E a vacinação é o principal instrumento de combate, prevenção e irradicação de diversas doenças infecciosas como gripe, caxumba, tétano, poliomielite, sarampo, rubéola, difteria, rotavírus e coqueluche – tanto que as novas gerações de médicos só conhecem algumas dessas enfermidades pelos livros e histórias.
Foi em 1796 que o médico inglês Edward Jenner fez um experimento com uma ordenadora de vacas e garoto de oito anos. Surgia assim, a primeira vacina que foi contra a varíola e mudou a história da Medicina – e da humanidade. De lá para cá, doenças terríveis deixaram de assustar, muitas foram extirpadas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas salvam mais de 3 milhões de vidas por ano.
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Porém, a cobertura vacinal está em queda nos últimos 5 anos e agravada pelo isolamento social gerado pela pandemia. Ou seja, algumas dessas conquistas entraram em risco quando, por exemplo, pais deixam de vacinar seus filhos. Segundo dados de outubro de 2020 do Ministério da Saúde, ao longo do ano passado apenas 63,88% dos brasileiros se vacinaram com a BCG contra tuberculose, por exemplo, e apenas 74,7% contra a poliomielite. Com isso, a polio corre o risco de se juntar ao sarampo como uma das doenças anteriormente consideradas erradicadas no Brasil e que agora traz novas epidemias ao país. A morte por sarampo, segundo a OMS, aumentou 50% nos últimos 4 anos.
Diante desse cenário, a Unimed Curitiba lança no Dia da Imunização, em 09 de junho, uma campanha para reforçar a responsabilidade coletiva atual de manter a cobertura vacinal em dia. Os materiais lembram o grande feito de Edward Jenner 225 anos atrás e mostram como a humanidade redescobriu a importância da vacina nos dias atuais.
Valéria Lopes, supervisora de Marketing da Unimed Curitiba, afirma que o objetivo da comunicação é mostrar que todas as vacinas importam. Em todas as idades. Para todas as pessoas. “Temos o histórico das muitas doenças que deixaram de ser um problema de saúde pública no Brasil por causa da vacinação massiva da população. A lista é grande e o resultado disso foi vivermos mais e melhor. Porém, agora percebemos que é necessário novo esforço de conscientização para não retrocedermos nas conquistas. Então, reforçamos nosso compromisso de cuidado e de promoção à saúde e ao bem-estar com esse resgate histórico. Afinal, nada melhor do que relembrar o passado para buscar evoluir no futuro”.
Quem faz coro é o infectologista Moacir Pires Ramos, médico cooperado da Unimed Curitiba e especialista em epidemiologia. Ele ressalta que manter a cobertura vacinal em dia é essencial, pois todos os benefícios das vacinas só se dão quando a maioria da população se imuniza. “Vacinas dependem de várias etapas de estudo, são resultados de pesquisa científica, e desenvolver cada uma delas é um processo caro. Porém, elas evitam sofrimento e mortes, é algo que a sociedade precisa perceber que não pode abrir mão, elas significam muito valor social em termos da vida. Além disso, vacinar-se é um ato de responsabilidade social. Afinal, quando você se imuniza deixa de ser um possível agente transmissor de doenças. O mundo, antes das vacinas, é um mundo que não deveríamos esquecer, e muito menos correr o risco de reviver”, finaliza.
Criada pela agência Bronx, a campanha conta com banners de web, painéis de LED, posts, cartazes e outras peças físicas. As peças que compõem a plataforma de comunicação serão veiculadas durante todo o mês de junho e começo de julho.
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