A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que não há um prazo definido para a análise de uma possível retomada das pesquisas no país com a CoronaVac, a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e que está sendo testada no país em parceria com o Instituto Butantan. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10 de novembro).
Na noite anterior, a Anvisa publicou uma nota confirmando que havia suspendido os estudos clínicos da Coronavac após a divulgação, por parte do Butantan, de um evento adverso grave em um dos voluntários. Reportagens publicadas em veículos indicam que houve a morte de um voluntário de 33 anos, mas que seria um caso de suicídio, e não relacionado com os testes, como informou inicialmente o Butantan.
Leia também – Anvisa autoriza importação de matéria-prima para vacina chinesa
Leia também – Vacina contra Covid-19: Anvisa analisa dados da CoronaVac
O instituto e a Anvisa não divulgaram a causa da morte do voluntário. De acordo com a agência, esse evento adverso ocorreu em 29 de outubro.
Nesta terça-feira, a Anvisa ressaltou que a decisão tomada foi técnica, com base nos dados repassados pelo Butantan sobre o caso e que não seriam suficientes naquele momento. Por isso, técnicos do órgão optaram pela suspensão momentânea da pesquisa, o que ainda pode ser revisto.
Agora, a agência reguladora vai analisar os dados observados até o momento e julgar sobre o risco/benefício da continuidade do estudo. Esse tipo de interrupção nos estudos, segundo a Anvisa, é parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas para estudos desenvolvidos no Brasil. Com a interrupção, nenhum voluntário poderá ser vacinado.
Os testes na fase 3 estavam acontecendo em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, com cerca de 10 mil voluntários.
* Com informações da Agência Brasil
Leia também – Vacina chinesa contra Covid-19: pesquisadores informam resultados
Leia também – Pfizer anuncia eficácia de 90% de sua vacina contra Covid-19
