Antecipar a 2ª dose da AstraZeneca e Pfizer é estratégia para reduzir casos e mortes por Covid-19

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba decidiu antecipar a aplicação da segunda dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer para o público entre 50 e 59 anos, iniciando com a faixa etária de 59, 58 e 57 anos completos. A decisão foi tomada pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da SMS após levantamento feito pelo Centro de Epidemiologia que demonstrou que esse grupo é hoje o mais vulnerável para o agravamento da covid-19 – com maior número de internamentos e mortes.

Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia, Alcides Oliveira, esse cenário pode estar relacionado à circulação de variantes e também ao fato de as pessoas mais idosas já estarem com o ciclo de imunização completo. 

Leia também – Como estão as pesquisas para saber se as vacinas são eficazes contra a Variante Delta?

Leia também – Variante Delta vai se tornar dominante em todo o mundo, alerta OMS

“A variante Delta tem se mostrado mais resistente aos anticorpos produzidos pela primeira dose, mas com duas doses essa barreira aumenta. Como as pessoas mais idosas já estão imunizadas com as duas doses, o vírus procura novos espaços de vulnerabilidade, no caso a população de 59 a 50 anos”, explicou.

O intervalo convencional entre as doses da AstraZeneca e da Pfizer é de aproximadamente 90 dias. A redução do período para o grupo de 59 e 58 anos será de até 11 dias.



Essa ampliação será possível com as doses para segunda aplicação que estão disponíveis no estoque do município. Caso o município receba novos lotes de imunizantes, seguirá com a redução de intervalo entre as doses.

“Além da disponibilidade das doses, a iniciativa tem amparo científico, o nosso objetivo é ter esse público prioritário com ciclo vacinal completo no menor tempo possível”, explica Oliveira.

Leia também – Vacinação anual contra Covid-19 será uma realidade?

Leia também – Quais são os sintomas causados pela variante indiana?