Em agosto, a Semana Mundial de Aleitamento Materno reforça a importância do apoio à mãe e ao bebê. O aleitamento materno é considerado a estratégia mais eficaz para a prevenção de infecções e redução da mortalidade infantil. “A criança que recebe o leite materno tem menos chance de desenvolver infecções respiratórias recorrentes e otites, por exemplo. Além disso, este ato aumenta o vínculo entre mãe e filho e traz segurança para o bebê”, explica Eduardo Gubert, médico pediatra do Hospital Pequeno Príncipe, referência no atendimento infantil em Curitiba (PR).
De acordo com ele, a mãe passou por uma série de transformações e é a figura principal da amamentação. Diante disso, o aleitamento materno com apoio à mãe se torna fundamental. “Nós, que trabalhamos tão diretamente com o desenvolvimento da criança, sabemos como é importante esta ajuda, seja de familiares, amigos e profissionais da área. Amamentar parece ser simples, mas, muitas vezes, é preciso ter algumas técnicas, quando o assunto é a pega, e até incentivar um bebê que seja mais preguiçoso”, afirma.
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Sobre a forma de amamentar, o médico aponta que existem vários jeitos certos. “É possível que uma criança ganhe peso tanto com a livre demanda quanto sendo amamentada em intervalos maiores; isso vai depender de cada um”, exemplifica.
As dicas do médico para o aleitamento materno e o apoio à mãe e ao bebê passam por: oferecer ajuda sempre; dividir as tarefas dos cuidados com o bebê; evitar críticas e opiniões que possam preocupar a mãe; confortar a mãe e fazer com que ela se sinta única e amada; conversar sobre as expectativas da amamentação.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), por ano, cerca de seis milhões de vidas são salvas devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. No Brasil, a prevalência da amamentação exclusiva entre bebês menores de seis meses aumentou de 2,9%, em 1986, para 45,7%, em 2020. Em relação às crianças menores de quatro anos, a taxa passou de 4,7% para 60% no mesmo período. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses de vida, mesmo para as mães que tiveram casos confirmados da Covid-19.
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