A Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa) está promovendo a 13ª edição do seu seminário. O evento acontece em Curitiba até o dia 13 de março, com o tema central “A Força e a Importância dos Hospitais Filantrópicos para a Saúde Pública do Paraná”. O encontro reúne os principais agentes do sistema de saúde do estado para debater os principais desafios, demandas e avanços do setor, além das projeções e perspectivas.
O secretário de estado da Saúde do Paraná, Carlos Alberto Gebrim Preto, o Beto Preto, participou nesta quinta-feira (12) da abertura oficial do 13º Seminário Femipa. O secretário anunciou que a partir do dia 1º de maio serão realizadas mudanças na secretaria para estabelecer um fluxo de pagamento com datas previamente agendadas, uma demanda constante das instituições de saúde filantrópicas. “Quero compor essas datas com vocês antes. O recebimento tem que ser previsto, porque os hospitais precisam contar com essa seriedade da parte do estado para receber os recursos em dia”, afirmou.
Ele garantiu que o governo estadual acredita que o caminho é o diálogo. “Se isso não for feito, estamos comprometendo estruturas já existentes, como as dos hospitais filantrópicos”, disse Beto Preto. Nesse sentido, o secretário falou sobre o Planejamento Regional Integrado (PRI), um processo iniciado em 2018 pela Secretaria de Saúde para fortalecer as regiões de Saúde e as macrorregiões e melhorar o acesso e a resolubilidade da atenção à saúde por meio da organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e suas linhas de cuidado. Sobre o assunto, Beto Preto afirmou que o controle social e os prestadores de serviço participarão da segunda etapa do plano.
“Queremos montar essa condição a partir da base, discutindo com os municípios o seu lócus regional e, dentro disso, as necessidades sanitárias diante de realidades diferentes. Começamos a discutir isso a partir das regionais de saúde, no interior. Agora, na segunda parte, as instituições sem fins lucrativos vão participar, pois não se consegue fazer atendimento hospitalar no Paraná sem conhecer a posição dos hospitais filantrópicos, que são maioria em atenção de média e alta complexidade. Esse diálogo é parte fundamental. Todos terão direito à manifestação, momento de diálogo franco e de indução dos caminhos que temos que percorrer. É assim que poderemos apresentar um plano e conseguir alavancar soluções para o Paraná”, garantiu.
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Ainda na palestra, para demonstrar a importância que as instituições de Saúde filantrópicas têm para o Estado, Beto Preto destacou que 39% dos hospitais do Paraná são sem fins lucrativos e que 52% dos leitos ativos estão dentro dessas entidades. Além disso, ele lembrou que 55% dos internamentos na média complexidade e 65% na alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS) são feitos pelos filantrópicos; e que as instituições são responsáveis por 28% da produção ambulatorial na média complexidade e 40% da produção na alta complexidade. Na ocasião, o secretário também prestou contas do que foi realizado até aqui e citou que todos os recursos foram mantidos, lembrando que o governo investiu R$ 110 milhões para os hospitais filantrópicos em obras e equipamentos.
O presidente da Femipa, Flaviano Feu Ventorim, entregou ao secretário um documento preparado pela Federação com alguns pleitos, como a criação do grupo permanente sugerido pelo governador em dezembro de 2019 e alguns avanços nas questões financeiras. “São situações gerais que precisam de atenção”, afirmou.
A cobertura completa sobre o 13º Seminário Femipa pode ser conferida no site da instituição.