Por que a osteoporose afeta mais mulheres e idosos? Saiba como prevenir

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(Foto: Freepik)

O enfraquecimento dos ossos pode ocorrer com o avançar da idade e levar a quadros de osteoporose, uma doença silenciosa e progressiva que atinge, principalmente, mulheres e pessoas idosas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, após os 50 anos, cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens sofrerão alguma fratura relacionada à doença ao longo da vida.

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Renato Raad, ortopedista do Hospital São Vicente, explica que a prevalência em pacientes do sexo feminino se dá por causa da diminuição de hormônios no corpo. “Após a menopausa, existe uma mudança drástica nos níveis hormonais da mulher e isso interfere na incorporação do cálcio no osso. Alguns remédios atuam exatamente nessa linha, para aumentar essa capacidade hormonal”, diz.

De acordo com o especialista, a alimentação também é um fator de grande influência no desenvolvimento do quadro. “Pessoas que têm hábitos de alimentação não muito saudáveis, que não comem proteína, não têm muito cálcio na dieta, que não praticam atividade física e não são muito expostas à luz solar se enquadram nos fatores de risco”, detalha.

Já nos idosos, que também são maioria entre os pacientes diagnosticados, o desenvolvimento da doença acontece paralelamente ao envelhecimento. “Do mesmo jeito que os cabelos ficam brancos e a pele enruga, as juntas sofrem um processo de desgaste, que se chama artrose, e o osso vai perdendo cálcio e ficando frágil. Isso é osteoporose”, explica o médico.

Caracterizada por uma perda de qualidade óssea, a doença dificilmente apresenta sintomas. O diagnóstico, na maioria das vezes, é feito após a primeira fratura, estágio em que o quadro já pode ter maior gravidade dependendo do paciente. Provenientes, em grande parte dos casos, de quedas, as fraturas mais comuns devido à osteoporose são na coluna, nos braços e no fêmur. Por isso, independentemente da idade e dos fatores de risco, a prevenção é a chave para evitar complicações decorrentes da osteoporose.

Medidas de prevenção

Para os idosos, o especialista reforça que o ambiente representa riscos relevantes. “90% das fraturas que acontecem em idosos são dentro de casa. O idoso que ainda está disposto normalmente é muito ativo, só que o seu equilíbrio não é mais o mesmo e a sua qualidade óssea também não é mais a mesma”, aponta.

Escadas, tapetes, ambientes escuros e desníveis em casa podem ser armadilhas comuns no dia a dia. Com a atenção voltada à prevenção, é importante que os espaços sejam adaptados para diminuir as áreas de risco com a utilização de itens como tapetes antiderrapantes, iluminação adequada, corrimãos nas escadas e barras de apoio no banheiro, por exemplo.

Além disso, hábitos saudáveis podem colaborar para a diminuição de chances de evolução do quadro. Cuidados como a prática de exercício físico, bons níveis de vitamina D e de cálcio podem ser essenciais para evitar a evolução da doença.

“Mulheres que não adotam medidas de prevenção após a menopausa podem perder até 1% de massa óssea por ano, independentemente de raça e de hábitos de vida. Nessa fase, é imprescindível que as mulheres façam um exame de densitometria óssea pelo menos a cada dois anos”, recomenda Raad.

*Informações Assessoria de Imprensa