CARAVANA FBG NO MARÇO AZUL NA AMAZÔNIA: DIÁRIO E REFLEXÕES


Sexagenário, 36 anos de formado, 32 anos como médico do SUS, longa estrada de associativismo médico e gestões exitosas em entidades públicas e privadas. Parecia impossível ainda sentir frio na barriga e ansiedade antes de mais uma missão. Ledo engano. À medida que se aproximava o dia da partida para Óbidos na Amazônia paraense, o frio na barriga bateu. Iríamos trabalhar em um barco hospital e não estávamos acostumados a isso.

Domingo chegou. Lourianne já estava lá. Décio e Áureo iriam por Brasília e eu e Ricardo por Belém. Chegamos ao aeroporto cedinho e veio o primeiro susto: voo cancelado. Só iríamos segunda-feira pela manhã. Por mensagens de WhatsApp, falamos com Áureo e Décio que tomaram a frente de todas as decisões iniciais. Segunda-feira cedo, finalmente conseguimos embarcar e a aventura começou.

Voo tranquilo até Santarém com escala rápida em Belém. De lá, encaramos a imensidão do Amazonas a bordo de uma ambulancha super veloz que nos levou até Óbidos em inacreditáveis 85 km/hora, resultando em um percurso de duas horas. Desembarcamos e já fomos para o Barco Hospital Papa Francisco, onde ficaríamos hospedados e faríamos nossos atendimentos de gastroenterologia e endoscopia. A estrutura do barco é impressionante. No primeiro andar, um moderno hospital com consultórios médicos informatizados, consultório odontológico, consultório oftalmológico e salas com ultrassom, mamografia e raio x. Na parte posterior do barco, um moderno centro cirúrgico que transformamos em centro endoscópico. No primeiro andar, nossos confortáveis camarotes e o refeitório com a deliciosa comida caseira da Dona Tereza.

Terça-feira, às 7:00, iniciamos nossos atendimentos. Eu e Áureo fizemos consultas, Ricardo, Marcos e Décio endoscopias, Lourianne fez elastografias e Tereza ficou responsável pelos ultrassons. Difícil saber quem estava mais feliz e gratificado: se os pacientes que…



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