A hipertensão está na lista das doenças crônicas não transmissíveis, as DCNT. Embora algumas destas doenças sejam evitáveis e tratáveis esse grupo é responsável por 72% de todas as mortes no Brasil. “Por isso precisamos alertar a população e conscientizar para a importância de olhar para as suas escolhas diárias entendendo os riscos que elas têm para a sua saúde e qualidade de vida”, explica Leonardo Demambre, Médico de família e Coordenador Médico da Amparo Saúde, empresa do Grupo Sabin.
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“Embora exista um fator de predisposição genética, muitos dos fatores de risco para a hipertensão são modificáveis. Por isso as mudanças de hábitos são tão importantes para a prevenção e controle da doença”, complementa. Para o médico, duas mudanças podem fazer a diferença na vida de quem quer manter o controle da sua pressão arterial.
A primeira diz respeito a alimentação. “Aumentar a ingestão de frutas, hortaliças, laticínios com baixo teor de gordura e cereais integrais, além de consumir moderadamente oleaginosas e reduzir o consumo de gorduras, sódio, doces e bebidas com açúcar, carnes vermelhas e principalmente de alimentos processados e ultraprocessados. A qualidade da alimentação traz benefício direto para o controle da pressão arterial”, explica o médico.
A segunda diz respeito a manter o corpo em movimento, “evitar o comportamento sedentário, especialmente para aqueles que exercem atividades em que passam longas horas sentados. É preciso realizar, pelo menos, 150 minutos por semana de atividade física moderada, para evitar o sedentarismo. Outras práticas que podem agregar em muito ao condicionamento cardiovascular e com menor impacto na rotina das pessoas, é trocar elevador por escada, fazer trajetos curtos a pé e levantar-se por 5 minutos a cada 30 minutos sentado”, complementa ele.
Embora a adoção de hábitos saudáveis tenha impacto significativo sobre a hipertensão arterial, metade dos pacientes diagnosticados ainda luta para controlar sua pressão arterial.
Segundo a OMS, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são afetadas pela hipertensão arterial, doença crônica considerada o fator de risco mais importante para as doenças cardiovasculares. Silenciosa, a doença considerada por muitos como “comum” é por vezes negligenciada, mas seus efeitos no organismo ao longo do tempo, comprometem a qualidade de vida e podem levar a complicações sérias e até a morte.
“Somente no Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que este ano teremos aproximadamente 400 mil óbitos por doenças cardiovasculares. O aumento crônico da pressão arterial prejudica e sobrecarrega o funcionamento do coração e vasos sanguíneos, por isso seus efeitos são mais percebidos ao longo do tempo, podendo evoluir para o crescimento do órgão (cardiomegalia) e insuficiência cardíaca”, alerta Leonardo.
Os primeiros sinais muitas vezes passam despercebidos, por isso chamamos de doença silenciosa, mas alguns sinais, como o surgimento de tontura, dor no peito, dor de cabeça, visão borrada e zumbido no ouvido podem ser sinais de alerta para a doença.
*Informações Assessoria de Imprensa