Como a saúde digital contribui para o controle da hipertensão

hipertensão
(Foto: Freepik)

Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, a hipertensão arterial é a doença de maior prevalência na população e é a principal causa de morte. A doença crônica não transmissível (DCTN) mata 300 mil brasileiros anualmente, 820 mortes por dia, 30 por hora ou uma a cada 2 minutos. No Brasil, estima-se que 36 milhões de pessoas sejam hipertensas, o que representa cerca de 30% da população adulta. No Dia Nacional de Combate à Hipertensão, comemorado em 26 de abril, a boa notícia é que a adoção de tecnologias digitais tem se tornado cada vez mais comuns e podem ser mais eficientes para pacientes com essa condição melhorando as taxas de controle.

Leia também – Hipertensão e a importância da prevenção de doenças cardiovasculares

A Nilo Saúde – healthtech especializada em software para gestão de relacionamento e cuidado ao paciente – tem acompanhado a jornada digital de 3 mil pacientes com pressão alta desde 2021, com média de 40 anos de idade. De lá para cá, observou que 80% deles agora apresentam o nível de pressão arterial dentro do adequado, além de constatar que 40% passou a realizar atividades físicas.

Segundo Ana Carolina Raymundo, Head de Cuidado da Nilo Saúde, o atendimento via saúde digital contribui com o cuidado baseado na abordagem multidisciplinar, pois tem uma jornada de cuidado coordenada, melhorando a taxa de controle da doença. “Com essa ferramenta digital, é possível fazer o monitoramento dos pacientes, garantindo a adesão ao medicamento e às mudanças de estilo de vida. Ter o contato do enfermeiro e médico de família pelo celular ajuda a orientar melhor e a incentivar a adoção de melhores práticas. Outro ponto positivo é a renovação da prescrição médica e acompanhamento para saber se a medicação está sendo utilizada. Isso tudo dentro da nossa plataforma NiloCare.”

A Head da Nilo Saúde também explica o acompanhamento de pacientes pelo sistema desenvolvido pela startup. Uma vez identificada a doença, os pacientes são incluídos em uma linha de cuidado, que conta com consultas com médicos de família e comunidade e enfermeiros de atenção primária na frequência adequada para o acompanhamento. “Quanto maior o risco, mais consultas por ano a pessoa fará. Entre os atendimentos, estão incluídos envio de materiais para orientação e cuidado pelo Whatsapp, para que haja modificação do estilo de vida, que é um dos fatores mais importantes para o controle e também adesão medicamentosa. É importante ressaltar que seguimos em um método clínico centrado na pessoa, então cuidamos delas integralmente. Não focamos somente na doença, na hipertensão em si”, afirma.