A alimentação inflamatória e as consequências para o organismo

Repensar os hábitos pode fazer uma grande diferença para a saúde. E isso inclui refletir sobre a alimentação inflamatória e as consequências para o organismo. Mas você sabe o que é esse tipo de alimentação? Entre os exemplos clássicos estão os multiprocessados, embutidos, açúcar, farinha refinada, frituras e as bebidas alcóolicas. Muitos desses itens compõem o chamado fast food.

O médico cardiologista Roberto Yano explica que esses alimentos fazem com que o corpo entre em um estado pró-inflamatório, elevando o risco de doenças cardíacas. De acordo com ele, a alimentação inflamatória e as consequências para o organismo não podem ser minimizadas. Uma pessoa com esses hábitos alimentares deve ser acompanhada por um especialista, para que haja uma mudança no tipo de alimentos consumidos. 

Roberto Yano, médico cardiologista | crédito: divulgação

“Sabe-se que uma dieta composta por alimentos pró-inflamatórios pode resultar no aceleramento da aterosclerose, que é o acúmulo de gordura nas artérias das coronárias e levar ao infarto. Outro fator é que comer de maneira inadequada pode ter como consequência o aumento da pressão arterial, piora da glicemia, aumento dos níveis de colesterol ruim e dos triglicérides, assim como elevação de peso e, por consequência, a obesidade. Todas essas alterações podem levar a um ambiente mais inflamado e propício a doenças cardiovasculares”, alerta o médico.

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A longo prazo, a alimentação inflamatória e as consequências para o organismo podem forçar a uma mudança radical nos hábitos. Por isso, o ideal é fazer substituições com ajuda de especialistas, para evitar quadros graves e diagnósticos tardios.

Sistema digestivo

Yano lembra que não podem surgir apenas problemas cardiovasculares a partir da alimentação inflamatória. Consequências para o organismo podem ser verificadas também no sistema digestivo. 

O médico gastroenterologista Flávio Ejima lembra que o consumo excessivo de fast food e outros alimentos inflamatórios podem agravar distúrbios gastrointestinais, como por exemplo a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), que atinge cerca de 30% da população adulta no Brasil. A pandemia fez com que esse tipo de alimentação não acontecesse apenas fora de casa.

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“Aumentou muito o consumo de carboidrato, de refrigerantes. Ficando mais tempo em casa, as pessoas se alimentam mais. E não é todo mundo hoje em dia que está disposto a cozinhar sempre, portanto, a alimentação rápida também está dentro de casa”, afirma. 

Ejima esclarece que os alimentos inflamatórios e as consequências para o organismo criam um cenário grave para o surgimento de doenças. O aumento de peso e a associação a fatores como consumo excessivo de alimentos gordurosos, cafeína, bebidas gasosas e a ingestão de grande quantidade de alimento à noite faz com que muitos pacientes desenvolvam um quadro de refluxo com o mal funcionamento da válvula que existe entre o esôfago e o estômago. “E quem tem refluxo por causa de uma hérnia de hiato tem seus sintomas agravados por causa dos maus hábitos alimentares”, diz.

Em casos mais intensos de refluxo, é necessária intervenção cirúrgica. Os pacientes devem manter uma rotina de cuidados, mesmo aqueles que passaram por procedimentos ou já estão em tratamento medicamentoso. “A presença de refluxo crônico pode levar a algumas lesões extremamente graves no esôfago, inclusive com predisposição para um tipo de câncer chamado carcinoma esofágico. Portanto, hábitos alimentares adequados precisam ser mantidos. Então é preciso evitar deitar-se logo após a ingestão de alimentos, reduzir significativamente o consumo de gordura, chocolate, pimenta, comidas muito temperadas ou condimentadas”, orienta o médico, que também sugere uma rotina de atividade física.

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* Com informações das assessorias de imprensa

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