Saiba identificar quando uma atividade manual passa a ser prejudicial

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(Foto: Freepik)

Quem nunca se rendeu aos trabalhos manuais como uma válvula de escape do estresse diário? Fazemos uso desse tipo de atividade para nos reconectar e repor as energias, mas o recurso deve ser usado com sabedoria. O alerta é da terapeuta ocupacional Syomara Cristina, que tem mais de 30 anos de experiência no tratamento e reabilitação de pacientes com lesões nos membros superiores, especialmente mãos e braços.

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Ela orienta que atividades como costurar, bordar, cozinhar, fazer crochê e tricô e jogar vídeo game sejam realizadas de maneira adequada e, principalmente, limitada. “Muitas vezes nos envolvemos com tarefas prazerosas e nem vemos o tempo passar, e é aí que está o problema. Ficar horas na mesma atividade sem parar pode ser prejudicial”, afirma. “Isso porque movimentos repetitivos podem desencadear tendinites e tenossinovites”, explica.

A dor é, geralmente, o principal sinal de que algo está errado. Mas é importante prestar atenção em outras reações, como a sensação de que a pele está queimando, uma amplitude de movimento limitada na mão ou pulso e dormência. Outra possível consequência é a fraqueza para segurar ou manipular objetos. Se um desses sinais aparecer, é hora de procurar ajuda profissional, pois o que era prazeroso pode se tornar um mal para a saúde.

Como evitar lesões

A terapeuta orienta que o fundamental é interromper a atividade em determinados intervalos. “É importante parar, a cada 45 minutos ou 1 hora. Essa pausa faz toda a diferença tanto para quem está executando quanto para a própria atividade, pois a pessoa retorna mais disposta”, explica.

Outra recomendação é ter sempre uma garrafa de água por perto, e é fundamental manter a postura adequada, com ombros relaxados, pulsos retos e as costas apoiadas em um encosto. “É necessário ainda prestar atenção para manter as plantas dos pés totalmente apoiadas no chão e cuidar para que, durante a atividade, seja evitada a pressão no punho, no polegar e no indicador”, completa.

Se a dor ou incômodo persistir, a terapeuta orienta a procurar imediatamente um médico, pois quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhores serão os resultados do tratamento.

Talas só com orientação médica  

É uma prática corriqueira diante da dor comprar talas prontas. Isso pode prejudicar o quadro mais do que melhorar. A terapeuta ocupacional explica que as talas até trazem certo conforto inicial, mas passam a compor um ciclo vicioso. “A dor melhora e o paciente passa a usar a tala por períodos longos, isso afeta a musculatura, que fica fraca”, pontua.

É por isso que as talas só devem ser usadas com orientação médica. O profissional vai mencionar o período de uso, o que é extremamente importante. “A facilidade de compra, com as talas expostas nas farmácias, deixa o paciente vulnerável. Só use sob orientação médica”, reforça.

*Informações Assessoria de Imprensa

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