Sociedade Brasileira de Infectologia orienta uso de máscaras como forma de proteção ao novo coronavírus

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu uma nota de esclarecimento nesta sexta-feira (3 de abril) sobre o uso de máscaras como forma de proteção ao novo coronavírus, diante do número crescente de casos confirmados de infecção.

A entidade informa que, conforme uma nota técnica publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e elaborada por uma equipe técnica e de especialistas, que incluiu a participação da SBI, devem usar máscara cirúrgica os pacientes com sintomas respiratórios (tosse, espirros, dificuldade para respirar), os profissionais de saúde e os profissionais de apoio que prestarem assistência ao paciente suspeito ou confirmado de Covid-19.

A Sociedade Brasileira de Infectologia recomenda, sempre que possível, o uso da máscara cirúrgica durante a permanência do profissional no serviço de saúde ou hospital. De acordo com a entidade, é desejável que as máscaras sejam trocadas por ocorrência de sujidade ou excesso de umidade.

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Além disto, a sociedade informa que a máscara de pano ou “máscara caseira”, que vem sendo divulgada como forma de proteção à população em geral, não dever usada sob qualquer circunstância no serviço de saúde. “Principalmente em instituições de referência para atendimento de pacientes com Covid-19, preocupa-nos a possibilidade de transmissão da infecção entre profissionais de saúde (transmissão intra-hospitalar), como já descrito em outros países. Com a escassez dos equipamentos de proteção individual (EPI) em face da pandemia, avalia-se o uso das máscaras de pano. Porém, em serviços de saúde, elas não devem ser usadas sob qualquer circunstância, de acordo com o mesmo documento citado anteriormente (nota técnica da Anvisa)”, traz a nota de esclarecimento da SBI.

A instituição salienta que, para a população que necessita sair de casa, a máscara de pano pode ser recomendada como uma forma de barreira mecânica e, assim, destaca o uso de máscaras como forma de proteção ao novo coronavírus. No entanto, a SBI reforça que, juntamente com a máscara, as pessoas devem seguir com as demais medidas preventivas já orientadas, como distanciamento social, evitar tocar os olhos, nariz e boca, além de higienizar as mãos com água e sabonete ou álcool gel 70%.

“A máscara de pano pode diminuir a disseminação do vírus por pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas que podem estar transmitindo o vírus sem saberem, porém não protege o indivíduo que a está utilizando, já que não possui capacidade de filtragem. O uso da máscara de tecido deve ser individual, não devendo ser compartilhado”, orienta a Sociedade Brasileira de Infectologia.

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