O câncer de próstata localizado é comumente tratado com Radioterapia externa e o Hipofracionamento moderado (frações de 2,5 a 3,0Gy por dia) não é inferior aos esquemas mais protraídos com fracionamento convencional. Tratamentos com SBRT permitem tratar o paciente com tempo ainda mais curto, sem impactar na toxicidade, como já havia sido publicado em 2022, com os resultados de 2 anos de toxicidade do estudo PACE B.
Na ASTRO deste ano, os resultados de 5 anos do estudo PACE B, comparando SBRT com Radioterapia com Fracionamento Convencional ou com Hipofracionamento Moderado (CRT) foram apresentados.
Trata-se de estudo multicêntrico randomizado de fase III em que 874 pacientes com câncer de próstata localizado, T1-T2, Gleason ≤ 3+4, PSA ≤ 20 ng/mL, não elegíveis para cirurgia (ou que preferiram Radioterapia) foram randomizados para SBRT (36,25 Gy em 5 frações em 1 a 2 semanas) versus controle (CRT) (78 Gy em 39 frações em 7,5 semanas ou 62Gy em 20 frações em 4 semanas). Terapia de deprivação androgênica (ADT) não era permitida.
O endpoint primário foi taxa livre de falha bioquímica ou clínica. Com seguimento mediando de 73,1 meses, a taxa livre de falha bioquímica ou clínica foi de 94.6% (91.9% – 96.4%) versus 95.7% (93.2% – 97.3%) para CRT e SBRT respectivamente. SBRT foi não inferior a CRT com HR não ajustado de (90% CI) = 0.74 (0.47 – 1.17), p valor para não inferioridade =0.007. A diferença absoluta estimada na proporção de pacientes livres de eventos no braço da SBRT comparado à CRT em 5 anos foi de 1,36 % (90% CI: 0.87 – 2.80). Em 5 anos, toxicidade geniturinária RTOG ≥ grau 2 foi vista em 3.2% (11/348) pacientes que fizeram CRT versus 5.5% (20/363) dos pacientes que fizeram SBRT (p=0.14); toxicidade gastrointestinal RTOG ≥ G2 foi vista em 1/348 dos pacientes com CRT e 1/ 363 com SBRT (p=0.99).
Conclui-se com o estudo, portanto, que, após seguimento de 6 anos, SBRT com 05 frações foi…
