Resultados após Radiocirurgia adjuvante precoce para matástases cerebrais.


A radiocirurgia (SRS) adjuvante após ressecção de uma metástase cerebral é preferida à radioterapia de cérebro total devido ao controle local semelhante e menores efeitos adversos cognitivos, estabelecendo-se assim, como o padrão ouro. O questionamento é a respeito do momento ideal para o tratamento e se um intervalo aumentado entre a cirurgia e a SRS levaria a algum impacto clínico.

Nesta coorte retrospectiva foram avaliados 438 pacientes tratados com SRS quanto a falha local (FL), sobrevida global (SG) e complicações.

Tratamento:

– As cavidades pós-operatórias foram identificadas por ressonância magnética e/ou tomografia computadorizada, em sequência T1 contrastada, com margem de 2 a 3 mm para o PTV.

– Volumes menores tratados com fração única apresentaram “hotspot” de 125 a 140% e queda de gradiente de dose acentuado fora do PTV.

– Cavidades maiores foram tratadas com VMAT/IMRT tiveram “hotspot” variando de 110% a 140%, dependendo do tamanho do PTV.

Resultados:

– A SG ao fim de um ano não diferiu significativamente com base na estratificação temporal.

– As taxas de FL foram mais altas para pacientes que receberam radiação mais de 30 dias após a cirurgia (10,65%).

– A FL foi comparável para pacientes que receberam radiação: ≤14 dias 5,12%; 15 a ≤21 dias 3,21%; 22 a ≤30 dias 6,58%.

– As taxas de complicações foram associadas ao tempo até a irradiação. Os pacientes que receberam radiação dentro de 14 dias demonstraram a maior taxa de complicação em 1 ano (18,08%). Pacientes que receberam radiação entre 22 e 30 dias apresentaram a menor taxa (4,10%).

Conclusão:

Apesar de se tratar de um estudo retrospectivo com suas limitações, e estudos RTC prospectivos serem necessários, ele sugere uma associação significativa entre o momento da SRS adjuvante após a ressecção cirúrgica da metástase, controle local e complicações. Os resultados indicam que o momento ideal para a SRS…



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