Introdução: Câncer de próstata oligometastático (PCa) é um cenário clínico desafiador e cada vez mais frequente com o uso difundido do PET-PSMA. O PET-PSMA permite melhor estadiamento, direciona biologicamente o tratamento, além de fornecer algum prognóstico pelos níveis de SUV.
Metodologia: Estudo retrospectivo não randomizado que avaliou SBRT orientada por PET-PSMA em pacientes com PCa (< 3 sítios) sem terapia de privação androgênica (ADT). Os esquemas mais utilizados foram 30Gy/3 (doença linfonodal) e 24Gy/2 (doença óssea). O GTV foi definido através do PET-PSMA e exames de imagem convencionais, com margem de 5 mm para o PTV. O objetivo primário foi avaliar falha bioquímica (BF) (PSA nadir + 0,2 ug/L), após SBRT. Os objetivos secundários incluíram tempo para início da ADT, BF conforme critério Phoenix, toxicidades e padrões de falha e recidiva. Foram excluídos pacientes castrados (testosterona sérica < 50 ng/mL) e intervalo livre de doença inferior a 6 meses.
Resultados: Foram incluídos 103 pacientes, sendo 120 sítios de SBRT (78 nodais e 42 ósseos), com follow-up de 5 anos. A mediana de idade foi de 65 anos e 98% dos pacientes tinham Gleason >7. O tempo mediano entre tratamento inicial e SBRT foi de 6 anos. Prostatectomia foi o tratamento inicial em 84% dos casos. Após SBRT, 27% obtiveram resposta completa do PSA. A sobrevida livre de ADT em 5 anos foi de 55% e 39% dos pacientes se mantiveram virgens de ADT até o momento da análise. O tempo mediano para BF (nadir + 0,2) foi de 1,1 anos, com sobrevida livre de BF de 25% em 2 anos e 15% em 5 anos. A maioria dos pacientes sem BF receberam irradiação eletiva nos linfonodos pélvicos como parte do tratamento inicial. Dos 87 pacientes que apresentaram BF após SBRT, a radioterapia resgate (ainda no conceito de oligometástase) foi utilizada em 32%. Destes, 39% permaneceram sem falha até o momento desta análise. Nenhum dos pacientes apresentou falha in field…
