Estudo de fase 2 de Radioterapia Ablativa Estereotáxica para Pacientes com Câncer Renal Primário


O estudo avaliou a eficácia do tratamento ablativo com SABR (Radioterapia Estereotáxica Ablativa) nos carcinomas de células renais (CCR), sendo o seu endpoint primário o controle local (CL), definido como uma redução na taxa de crescimento do tumor (em comparação com uma referência de 4 mm/ano na vigilância ativa) e evidência de resposta patológica do tumor em 1 ano. Os endpoints secundários incluíram CL pelos Critérios de Avaliação de Resposta em Tumores Sólidos (RECIST versão 1.1), além de segurança e preservação da função renal.

Foram incluídos pacientes com CCR primário com aumento radiológico confirmado por biópsia (≤5 cm) em um braço único. A SABR foi feita com 36Gy/3 frações ou 40Gy/5 frações.

Foram avaliados 16 pacientes com características étnicas diversas.

O CL radiológico em 1 ano foi observado em 94% dos pacientes (15/16; intervalo de confiança de 95%: 70, 100), e isso foi acompanhado por resposta patológica tumoral (hialinização, necrose e redução da celularidade tumoral) em todos os pacientes. Pelo RECIST (versão 1.1), 100% dos locais permaneceram sem progressão em 1 ano. A taxa mediana de crescimento pré-tratamento foi de 0,8 cm/ano (intervalo interquartil [IQR]: 0,3, 1,4) e a taxa média de crescimento pós-tratamento foi 0,0 cm/ano (IQR: –0,4, 0,1, p < 0,002). A viabilidade das células tumorais diminuiu de 4,6% para 0,7% em 1 ano (p = 0,004). Com um acompanhamento médio de 36 meses, a taxa de controle da doença foi de 94%. A SABR foi bem tolerada, sem toxicidade ≥ grau 2 (aguda ou tardia). A taxa média de filtração glomerular diminuiu de uma linha de base de 65,6 para 55,4 ml/min em 1 ano (p = 0,003).

Este ensaio clínico fase 2, corrobora para as evidências que sugerem a eficácia da SABR para CCR primário e endossa a necessidade de ensaios clínicos fase 3, randomizados e comparativos para dimensionar e direcionar o papel da SABR no âmbito das técnicas minimamente…



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