Dados de mudança de prática e conceitos emergentes a partir de recentes ensaios clínicos randomizados de radioterapia


 

O tratamento de câncer vem apresentando mudanças de condutas e desenvolvimento de novas estratégias de maneira muito dinâmica. Na Radioterapia destaca-se a combinação com drogas e surgimento de novas técnicas (SBRT, braquiterapia 3D, Prótons etc.). Outros endpoints de estudos têm ganhado relevância, como qualidade de vida e satisfação do paciente.

O volume de publicações é tão alto, que quando pesquisado de 2018 a 2022 (5 anos), mais de 1300 Clinical trials foram encontrados. Foram então selecionados apenas estudos que mudam prática clínica ou que trazem novos conceitos, grandes estudos randomizados fase 2 ou 3. Resumiram os achados em:

– Radiosensibilização.

– Quimioterapia e terapias alvo.

– Novos rádio sensibilizantes.

– Rádioimunoterapia.

– Intensificação do tratamento: Novas aplicações de RT (destaque para uso em HCC), escalonamento de dose em RT e hiperfracionamento, reforço na terapia sistêmica na indução/consolidação, tratamentos ablativos em pacientes com doença oligometastática.

– Personalização do tratamento com RT: integração com RM e medicina nuclear, uso de biomarcadores.

– Descalonamento de tratamentos, melhorando qualidade de vida e satisfação do paciente, mantendo os resultados de sobrevida: RT hipo e ultrahipofracionada, refinamento da RT (indicações, tempo e dose), tomada de decisão compartilhada, redução de efeitos colaterais com uso de alta tecnologia na RT, paliação com RT

Em conclusão, o estudo faz uma análise dos maiores impactos na Radioterapia nos últimos 5 anos, levando em conta as principais publicações no período.

Considerando o volume crescente de informações e a complexidade das novas tecnologias, o radio-oncologista deverá, cada vez mais, analisar as publicações de forma crítica e individualizar o seu tratamento. A combinação de tratamentos requer discussões multidisciplinares de maneira rotineira e compartilhamento de decisões.

A…



Leia Mais >