Critérios de uso apropriado da radioterapia pós-mastectomia da ASTRO: Resumo dos tópicos clínicos


Este artigo é a atualização da Revisão publicada em 2009 pela mesma Sociedade sobre a Radioterapia pós-mastectomia (PMRT) em pacientes com câncer de mama não metastático. Uma Diretriz atualizada foi desenvolvida por um painel de especialistas com base em pesquisa bibliográfica de estudos randomizados, revisões sistemáticas e metanálises.

PMRT com doença nodal limitada: há benefício para pacientes com 1-3 linfonodos (lnds) positivos, reduz recorrência local e mortalidade específica mesmo com terapia sistêmica. Recomenda-se PMRT quando linfonodos sentinela são positivos sem esvaziamento axilar (EA)

PMRT em pN0 de alto risco (pT3N0; margens +): há resultados conflitantes sobre o uso da PMRT em pN0. EA com pN0 mostra recorrência local  de 1,4%. No entanto, em pacientes com EA <10 lnds, houve melhora na recorrência sem ganho em SG.

PMRT e quimioterapia neoadjuvante (NAC): meta-análise de 24 estudos, mostrou taxas de falha locorregional <10% em pacientes submetidas a NAC e com características de baixo risco cT1-2N0-1 ou T3N0 e resposta patológica completa (pCR).  Isso sugere que pacientes com pCR e de baixo risco provavelmente há menor necessidade de PMRT. No entanto, pacientes com doença residual, especialmente com N+, podem se beneficiar mais.

Hipofracionamento: há resultados favoráveis em controle local com toxicidade aceitável. Foi demonstrada a não inferioridade em pacientes de alto risco quanto à falha locorregional.

Bólus: melhor cobertura de dose em pele ás custas de maior toxicidade cutânea. Vários estudos retrospectivos mostram taxas equivalentes de recorrência com ou sem o uso de bólus.

Reconstrução mamária: não há evidências randomizadas que indiquem a PMRT antes ou após a prótese. Foram observados efeitos adversos para ambas as sequências de entrega: taxas mais altas de falha na reconstrução (20% x 13,4%) para o expansor, e uma taxa mais alta de contratura capsular para o implante…



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