Obesidade Infantil impacta saúde física e pode gerar sérios danos no desenvolvimento social das crianças, aponta especialista

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(Foto: Freepik)

Em meio às preocupações crescentes com a saúde das crianças, a obesidade infantil emerge como um desafio premente, afetando um número cada vez maior de jovens em todo o mundo. A obesidade infantil é definida pelo excesso de gordura corporal em crianças, o que pode ter sérias ramificações para a saúde a curto e longo prazo.

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O diagnóstico da obesidade infantil é realizado com base no Índice de Massa Corporal (IMC), ajustado para cada idade e sexo. Valores acima do percentil 95 para a idade indicam a presença dessa condição.

O Atlas da Federação Mundial de Obesidade, lançado neste ano, aponta que cerca de 20 milhões de crianças brasileiras terão sobrepeso em 2035, o que representará 50% da população infantil do país.

Mas o que tem impulsionado esse aumento alarmante de crianças obesas? Pediatra e professor do curso de Medicina da Uniderp, Walter Peres aponta para uma variedade de fatores, incluindo uma alimentação inadequada, sedentarismo, predisposição genética e influências socioeconômicas. “O consumo excessivo de alimentos ricos em calorias e pobres em nutrientes, aliado à diminuição da atividade física, são os principais culpados por trás desse cenário preocupante. O tratamento da obesidade infantil envolve uma abordagem multidisciplinar, considerando consultas regulares com nutricionistas, médicos e psicólogos que desempenham um papel crucial no monitoramento do progresso e no oferecimento de suporte contínuo”, explica.

O médico salienta que os pais desempenham um papel fundamental no combate à obesidade infantil, servindo como modelos de comportamento saudável. Promover uma alimentação equilibrada, incentivar a prática de atividades físicas e limitar o tempo de tela são passos essenciais para criar um ambiente propício ao desenvolvimento de hábitos saudáveis desde cedo. “Uma alimentação saudável anda na contramão do consumo excessivo de alimentos ricos em açúcares, gorduras saturadas, sódio e alimentos ultraprocessados, quando deveriam ser priorizadas frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras”, completa o pediatra.

Quanto à introdução de doces, frituras e ultraprocessados na dieta das crianças, a recomendação é evitar seu consumo em idades precoces, especialmente antes dos dois anos de idade. Após esse período, esses alimentos devem ser oferecidos com moderação, priorizando sempre opções mais saudáveis.

Além dos impactos para a saúde física, a obesidade infantil pode ter sérias repercussões no desenvolvimento social das crianças. Baixa autoestima, isolamento social e bullying são apenas algumas das consequências possíveis. Essas experiências podem prejudicar significativamente o bem-estar emocional e psicológico das crianças, afetando seu desenvolvimento social e acadêmico.

Diante desse cenário, promover uma vida saudável desde cedo é essencial para prevenir a obesidade infantil e garantir um futuro saudável e feliz para nossas crianças. A conscientização, o apoio da comunidade e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para enfrentar esse desafio de saúde pública com sucesso.

*Informações Assessoria de Imprensa