O Dia do Voluntário Paranaense é lembrado em 27 de setembro. Voluntariado e saúde têm uma relação bastante estreita, fazendo uma enorme diferença no dia a dia dos pacientes e dos trabalhadores da saúde. Os voluntários atuam de diferentes formas em instituições de saúde.
O ditado popular “fazer o bem sem olhar a quem” é levado à risca pela Simone Ruon, voluntária do Hospital Pequeno Príncipe há nove anos. “Após ter meu filho e um primo atendidos na instituição, aquela vontade de exercer um trabalho voluntário se concretizou em 2013”, conta a empresária. “Passei por um treinamento e, em janeiro daquele ano, já comecei a atuar”, relembra.
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A Simone é uma das pessoas que dedicam algumas horas da semana sendo voluntária no maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, localizado em Curitiba (PR). “Esse trabalho é parte fundamental para o Pequeno Príncipe; nossa história começa com a união de voluntárias, em 1919, e isso está muito presente na rotina da instituição”, explica a psicóloga Rita Lous, gerente do Setor de Voluntariado do Hospital Pequeno Príncipe. A união de voluntárias a que Rita se refere é o trabalho iniciou há mais de cem anos por um grupo de mulheres da socidade de Curitiba, o Grêmio das Violetas. No século passado essas mulheres se organizaram e plantaram a semente do que viria a tornar-se o Hospital Pequeno Príncipe.
Quem também faz parte dessa mobilização do bem é a Iara Jorge Mello. Ela começou como voluntária na instituição em 2016, assim que se aposentou. Logo, fez parte da relação voluntariado e saúde. “Trabalhei por anos como pedagoga e vi no voluntariado uma forma de devolver à sociedade o que foi investido em mim”, diz a ex-funcionária pública. “A rotina de brincar com as crianças, conversar com as famílias e também com os colaboradores estava entre as funções que eu exercia no Hospital, até vir a pandemia”, descreve Iara.
Iara Mello é uma das voluntárias do Pequeno Príncipe. Foto: Guilherme Lorenzoni
Assim como em diversos setores da sociedade, a pandemia mudou tudo para muita gente, inclusive para quem desempenhava o papel como voluntário. Foram mais de dois anos afastados do trabalho presencial no Pequeno Príncipe, em função das novas regras de segurança que vieram junto com a COVID-19. Simone fala como foi a dificuldade de lidar com essa lacuna, quando já estava habituada a estar fisicamente na instituição. “Com o tempo vira rotina. Fazemos amigos e, querendo ou não, a gente se apega aos pacientes que fazem tratamento no Hospital.”
Já para Iara, esse retorno também era muito esperado: “Eu não via a hora de ligarem e nos chamar para voltar. Tive todo cuidado, não peguei COVID e estou com todas as minhas vacinas em dia. O trabalho que eu faço é mais gratificante pra mim do que para quem recebe”, conta a pedagoga aposentada. Agora, com o retorno gradativo dos voluntários, Simone se mostra feliz: “Muita coisa mudou no Pequeno Príncipe, os cuidados foram intensificados, mas vamos nos acostumando.”. Para Rita, mesmo com a cautela ainda necessária para estar dentro de um hospital, o retorno dos voluntários traz conforto: “A presença de cada um deles neste momento no Hospital, sempre colaborativos, alegres e disponíveis, é o que nos faz acreditar que todos juntos podemos fazer a diferença na vida dos nossos pacientes”, comemora.
Foto: Wynitow Butenas
Com foco nas atividades recreativas, como o empréstimo de brinquedos e jogos e a contação de histórias, os voluntários circulam com todo cuidado pelos corredores do Pequeno Príncipe. Essa é uma das vertentes da relação voluntariado e saúde. “Levamos um pouco de alegria às crianças internadas, e isso ajuda a diminuir a saudade que elas têm de casa. Há muitas formas de ajudar, basta olharmos pro lado, tem sempre alguém que precisa”, pontua. “Falo muito para minhas amigas aposentadas que o que fazemos aqui não tem dinheiro que pague”, revela Iara. “Independente das circunstâncias, a solidariedade e a empatia persistem e nos fortalecem para continuar”, conclui a gerente do Voluntariado do Pequeno Príncipe.
* Com informações da assessoria de imprensa
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