O Ministério da Saúde começa a distribuir, nesta segunda-feira (3 de maio), 1 milhão de doses da vacina da Pfizer aos 26 estados do país e ao Distrito Federal. A distribuição começa após pedido de estados e municípios, que solicitaram mais tempo para organizar o armazenamento do imunizante, que precisa ser mantido em temperaturas baixas, após as doses chegarem no dia 29 de abril. Há uma grande expectativa em torno da vacina da Pfizer, mas como funciona esse imunizante contra Covid-19?
A vacina da Pfizer foi desenvolvida em parceria com a BioNTech. O imunizante tem como base o mRNA, ou seja, o RNA mensageiro sintético para combater o coronavírus. Segundo informações divulgadas pela própria Pfizer, o mRNA auxilia o organismo do indivíduo a gerar anticorpos contra o vírus e pode ser desenvolvida e fabricada mais rapidamente do que as vacinas tradicionais.
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A Pfizer informou que selecionou essa tecnologia de vacina baseada em mRNA devido ao seu potencial de alta resposta, segurança e capacidade de rápida produção. “A tecnologia de mRNA pode ainda ser estratégica para cenários de pandemias e epidemias devido à agilidade em modificação do antígeno codificado caso necessário, bem como a potencialidade de realização de doses de reforço. A técnica, na qual apenas um pedaço de material genético é usado em vez de todo o vírus, nunca havia sido feita antes”, explicou o laboratório.
A vacina da Pfizer demostrou uma eficácia contra Covid-19 de 95%, com um esquema de duas doses, em um intervalo de 21 dias entre elas. Os dados foram publicados em revista científica. Até o momento, segundo o laboratório, não foi observada nenhuma preocupação séria de segurança. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro definitivo à vacina da Pfizer, em fevereiro deste ano.
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Vacina da Pfizer: como funciona o armazenamento?
Um dos pontos principais sobre a vacina da Pfizer está no armazenamento. Segundo informações da própria Pfizer, a vacina pode ser armazenada a temperatura -90º C a -60º C por até 6 meses, entre -25º C a -15º C por um período único de 2 semanas e em temperatura de refrigerador entre 2º C a 8º C por 5 dias. Para possibilitar o transporte aos diferentes países ou locais de aplicação, a Pfizer desenvolveu uma embalagem com potencial de armazenamento da vacina na temperatura necessária a base de gelo seco. Nesta embalagem, os frascos de vacina podem ser mantidos por até 30 dias, desde que a correta manutenção do gelo seco seja realizada.
No Brasil, a logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi montada levando em conta as suas condições de armazenamento, que difere dos demais insumos já adquiridos e distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos, as doses estão armazenadas a uma temperatura de -90 graus Celsius (°C) a -60°C. Ao serem enviados aos estados, os imunizantes estarão expostos a temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de 2ºC a 8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.
Por causa dessas particularidades, o Ministério da Saúde orienta que, neste momento, a vacinação com o imunizante se restrinja às 26 capitais brasileiras e ao Distrito Federal, de forma a evitar prejuízos e garantir o esquema vacinal de 12 semanas entre uma dose e outra.
No total, a pasta recebeu 1 milhão de doses, mas na remessa aos estados nesta segunda-feira serão enviadas 499,5 mil doses para a primeira aplicação, divididas de forma proporcional e igualitária entre todos os estados e Distrito Federal. As doses para a segunda aplicação serão distribuídas nas próximas semanas.
De acordo com o ministério, a vacina da Pfizer está sendo destinada para vacinação de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, e pessoas com deficiência permanente. A comprovação das comorbidades pode ser realizada com exames, receitas, relatório ou prescrição médica, entre outros. É necessário conferir os detalhes junto à Secretaria Municipal da Saúde.
* Com informações da Pfizer e da Agência Brasil
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