Vacina chinesa contra Covid-19 pode estar disponível em janeiro, diz governador de SP

O governador de São Paulo, João Doria, disse nesta segunda-feira (27 de julho) que a vacina chinesa contra Covid-19, cuja pesquisa é realizada no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, poderá estar disponível para a população brasileira a partir de janeiro de 2021. Isso, segundo o governador, vai depender se os testes da vacina forem bem-sucedidos.

“Já no final do ano, não havendo intercorrências na terceira fase de testes, poderemos iniciar a produção da vacina em dezembro e imediatamente iniciar a vacinação de milhões de brasileiros”, disse Doria. No entanto, nem toda a população brasileira poderia ser vacinada em janeiro, já que a produção ainda seria insuficiente para vacinar todo mundo. A expectativa é que inicialmente 60 milhões de pessoas no país sejam imunizadas com a vacina chinesa contra Covid-19.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, a fase 3 de testes vai demonstrar se a vacina produz anticorpos contra a Covid-19 e se essa produção de anticorpos é sustentada, ou seja, se isso é mantido por um tempo prolongado. 

Os testes no país começaram no dia 21 de julho.

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“Como estamos no meio de uma pandemia, nada mais justo que as autoridades sanitárias promovessem emergencialmente a liberação. Se tenho segurança e estou produzindo anticorpos nesses três meses, vamos utilizar [a vacina para a população]. Claro que todo o estudo deve continuar até para saber se vai precisar dar doses de reforço com o decorrer dos anos”, justificou Gorinchteyn.

A CoronaVac, como foi batizada a vacina chinesa contra Covid-19, está na fase 3 de testes em humanos, que está sendo realizada também no Brasil. Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em 9 mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan, e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, pagos pelo governo.

Caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan.

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