Um estudo realizado pelo grupo brasileiro Vebra Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (21 de maio), mostrou que a CoronaVac – uma das vacinas contra Covid-19 que está sendo aplicada no país – tem uma efetividade de 42% em pessoas com mais de 70 anos e em um contexto de predomínio da variante P1. Esta está sendo chamada de efetividade no “cenário de mundo real”, fora do contexto apenas de pesquisas.
A taxa de efetividade mostra o impacto real da vacina na população. O estudo mostrou que a proteção contra a doença se torna efetiva 14 dias depois da aplicação da segunda dose. Além disso, a resposta imune cai conforme aumenta a idade do imunizado. Especificamente no grupo de pessoas entre 70 a 74 anos, a pesquisa indicou 61,8% de efetividade da CoronaVac nessas condições; entre 75 a 79 anos, 48,9%; e a partir dos 80 anos, 28%.
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A taxa de efetividade é diferente da taxa de eficácia, que representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com aquele não vacinado. A eficácia final foi de 62,3%. Os responsáveis pela pesquisa explicam que as duas taxas não podem ser comparadas entre si.
Para os pesquisadores, os resultados evidenciam a necessidade de manutenção de medidas complementares de prevenção, como máscaras, higiene das mãos e distanciamento social, como complemento à vacinação em massa. Além disso, os integrantes do grupo ressaltaram que os resultados que apontaram uma menor efetividade entre os idosos já eram esperados, pois esse grupo responde pior à vacinação. O mesmo processo acontece com outras imunizações.
Os dados foram levantados entre 17 de janeiro e 29 de abril deste ano, com 7.950 pessoas acima de 70 anos vacinadas com CoronaVac no estado de São Paulo.
* Com informações do portal G1
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