SBPC/ML alerta: intoxicação por monóxido de carbono pode matar em minutos

monóxido de carbono
(Foto: Freepik)

Recentemente, aconteceu uma tragédia em Santa Catarina, quando um grupo de jovens foi vítima de intoxicação por monóxido de carbono dentro de uma BMW. Os amigos, que inicialmente estavam se divertindo nas festas de fim de ano, tornaram-se vítimas de um inimigo silencioso e imperceptível. O monóxido de carbono, um gás inodoro e sem cor, é resultado da queima incompleta de diversos combustíveis, como gasolina, derivados de petróleo, GLP, madeira e carvão. Esse gás, responsável pela intoxicação fatal dos jovens, foi liberado, em concentrações letais, dentro do veículo fechado, por meio da combustão do motor, entrando no organismo através da respiração, causando sintomas como tontura, sonolência e, eventualmente, levando à perda de consciência.

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A fatalidade serve como alerta para os perigos muitas vezes subestimados do monóxido de carbono. Este gás, comumente associado ao vazamento de gás doméstico, demonstrou sua letalidade mesmo em um ambiente aparentemente seguro, como o interior de um carro. O toxicologista e presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Alvaro Pulchinelli, destaca a importância da prevenção em situações como esta.

“O monóxido de carbono é um intruso silencioso, proveniente da queima incompleta de combustíveis comuns. A falta de cor e odor torna-o imperceptível, mas os riscos são reais. Ambientes fechados, como carros, podem rapidamente se tornar armadilhas mortais se houver a presença desse gás. A conscientização sobre os sintomas e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para evitar tragédias semelhantes”, alertou.

O perigo reside na afinidade do monóxido de carbono com a hemoglobina (que dá o pigmento vermelho no sangue e está dentro das células que transportam o oxigênio do ambiente para as células), responsável pelo transporte do oxigênio no sangue. A formação da carboxemoglobina, uma ligação estável entre o monóxido de carbono e a hemoglobina, impede a correta oxigenação dos tecidos, levando a sintomas como cansaço, tontura, sonolência, até chegar a quadros mais graves como o coma e, em casos extremos, morte. “A intoxicação por monóxido de carbono também pode ser lenta e sutil, tornando vital a conscientização sobre os sintomas e a prevenção”, ressaltou Pulchinelli.

*Informações Assessoria de Imprensa