Livros, cadernos, pastas, lápis, tesoura… todo começo de ano, pais e filhos compram e organizam a lista de materiais escolares que serão utilizados durante o período letivo. Com tantos itens necessários, a mochila, que já costuma ser pesada desde a infância, vai ficando cada vez mais robusta ao longo da vida acadêmica. Pouco a pouco, crianças e adolescentes começam a relatar dores de cabeça, tensão muscular, dor crônica nas costas, pescoço e ombros que, muitas vezes, vão acompanhá-los na fase adulta.
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“Estudos mostram que cerca de 60% dos alunos carregam uma mochila com mais de 10% do seu peso corporal. Este excesso de carga, somado, muitas vezes, a hábitos posturais incorretos, ficar sentado por longos períodos, mobiliário escolar inadequado e estilo de vida sedentário, leva a diversas mudanças musculoesqueléticas que culminam em dores”, explica o ortopedista do Hcor Eduardo Puertas.
O tratamento varia de acordo com a causa do problema. “Por serem muito jovens, geralmente, a dor é administrada em casa, com analgésicos. Caso o incômodo permaneça, é preciso procurar um médico. Após o exame físico, podem ser solicitados outros complementares, como raio-x, tomografia ou ressonância magnética. Casos mais simples, normalmente, respondem bem ao uso de anti-inflamatório e à fisioterapia”, ressalta.
Para minimizar os problemas, pais, professores e profissionais de saúde têm tentado encontrar alternativas acessíveis, eficazes e funcionais. “Começa por levar apenas o estritamente necessário, ser ativo e ingerir alimentos saudáveis. Essas iniciativas básicas podem ser complementadas pela disponibilização de armários escolares e gavetas com mesas, pela substituição de livros físicos por digitais e pelo uso de mochila de rodinhas”, indica o especialista.
Com as mudanças realizadas ainda na infância, é possível evitar que as dores nas costas se tornem crônicas e incapacitantes. “Atualmente, cerca de 2/3 dos adultos relatam o sintoma. Muitas vezes debilitante, a condição já é uma das principais causas de afastamento do trabalho e das atividades de vida diária. Dependendo do caso, o tratamento pode levar cerca de seis semanas. Por isso, é fundamental que os bons hábitos sejam iniciados ainda na infância”, reforça.
*Informações Assessoria de Imprensa
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