Cientistas desenvolveram uma simulação 3D do que pode se tornar o ser humano dos anos 3000, com o uso excessivo de dispositivos eletrônicos e as imagens viralizaram recentemente. Entre as características, estão costas curvadas, em função do ato de estar sempre olhando para baixo para a tela de smartphones e computadores; dedos com deformidades, como uma garra e cotovelo em 90 graus; e o chamado “pescoço tecnológico”, uma vez que, quanto mais a pessoa olha para baixo, mais os músculos precisam trabalhar para manter a cabeça erguida e, com isso, o pescoço torna-se mais grosso, podendo ficar excessivamente cansado e dolorido pelo esforço contínuo.
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O presidente da SBOT-RS (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Rio Grande do Sul), Marcos Paulo Souza, fala que tem sido cada vez mais comuns as queixas de pacientes com problemas na coluna, mãos e cotovelo em razão do longo período utilizando os aparelhos eletrônicos. “O fato de usar o aparelho à altura da cintura leva o usuário a manter a cabeça curvada para baixo por muito tempo e o queixo junto ao peito, o que força a coluna curvar”, diz.
Nessa postura incorreta, o médico explica que, ao olhar para baixo segurando o seu telefone, coloca-se cerca de 27kg de pressão sobre a coluna vertebral, em comparação com cerca de 6kg quando a pessoa está em pé, reta, com o celular no nível dos olhos. “Dessa maneira, com o tempo, a pessoa começa a sobrecarregar a musculatura do pescoço deixando tenso, desequilibrado, contraturada e que pode começar a inflamar e ficar mais tenso”, ressalta. “Pode ocorrer, ainda, de os ossos começarem a mudar e adquirir uma postura cada vez mais rígida e de difícil mudança”, acrescenta.
O especialista recomenda levantar o celular à altura dos olhos ou usar o aparelho pousado em uma mesa, o que também alivia o problema. “Também é recomendado o alongamento da musculatura da coluna cervical com movimentos de flexão, extensão e rotação lateral do pescoço e a prática de atividades físicas que fortaleçam a musculatura, para evitar problemas”, conclui.
*Informações Assessoria de Imprensa
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