Sete efeitos negativos ocasionados pela falta de sono

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(Foto: benzoix/Freepik)

A falta de sono não é mera inconveniência. Trata-se de um distúrbio associado a problemas muito mais sérios, como doenças cardiovasculares, hipertensão, ansiedade, depressão e até mesmo obesidade. Infelizmente, para a grande parte dos brasileiros, dormir oito horas por noite é luxo – em especial para a população das grandes cidades. Dados da Associação Brasileira do Sono (ABS) apontam que 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia.

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Esse efeito, inclusive, está diretamente associado a outros dois fatores muito comuns: a obesidade e o sobrepeso.

“Dormir pouco é um fator de risco para ganho de peso – o que colabora para diversas doenças crônicas. Isso ocorre porque, quando não dormimos, há um aumento na produção dos hormônios da fome (a grelina sendo o mais relevante) e uma redução de hormônios que aumentam a saciedade (como, por exemplo, a leptina)”, revela Elaine Dias Mendonça, nutricionista parceira da orienteme, plataforma de gestão de saúde corporativa. Ela completa ainda que diversos estudos mostram uma maior fissura por doces ou lanches mais calóricos nos dias de privação de sono. Isso acontece exatamente porque o corpo busca outras fontes de energia como forma de compensar as poucas horas dormidas.

Além disso, a nutricionista destacou sete efeitos negativos ocasionados pela falta de sono, que seguem abaixo. Confira:

1 – Redução de rendimento físico

De acordo com a divisão de Medicina do Sono da Faculdade de Medicina de Harvard, ficar acordado por 22 horas seguidas reduz o tempo de reação de uma pessoa na mesma intensidade que quatro drinks. Ou seja: não dormir faz o seu desempenho esportivo ser similar ao de uma pessoa alcoolizada.

No trabalho e em outras atividades que exigem atenção, o efeito é o mesmo.

2 – Aumento de riscos de acidentes

O Brasil não tem estatísticas sobre o número de acidentes ou mortes provocadas por dormir ao volante, mas a Associação Brasileira do Sono (ABS) estima que o sono seja responsável por 30% das mortes e 20% dos acidentes no Brasil.

Os especialistas costumam usar como referência os resultados de uma pesquisa da Universidade de Gênova, na Itália, que concluiu que entre 26% e 32% dos acidentes de trânsito no mundo são provocados por cochilos na direção; entre 17% e 19% das mortes são resultado do mesmo motivo.

3 – Limitação de raciocínio

Cientistas que medem a sonolência descobriram que a privação de sono leva a níveis mais baixos de alerta e concentração. É mais difícil se concentrar e prestar atenção, logo, o indivíduo fica confuso mais facilmente. “Isso prejudica sua capacidade de realizar tarefas que exigem raciocínio lógico ou pensamento complexo”, completa a nutricionista.

Segundo ela, a sonolência também prejudica o julgamento. “Tomar decisões é mais difícil porque a pessoa tem dificuldade de avaliar as situações e escolher o comportamento mais adequado”.

4 – Saúde emocional afetada

A nutricionista lembra que quando não dormimos bem, o corpo também descarrega noradrenalina, substância que aumenta a frequência cardíaca e a respiração. Com isso, o organismo fica alerta quando deveria descansar. “Esse desgaste afeta o humor e causa irritação”, afirma ela.

5 – Alimentação irregular

Um estudo americano recém-publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics concluiu que pessoas que dormem menos de sete horas por dia têm uma tendência maior a beliscar mais e comer mais lanchinhos nem sempre saudáveis durante o dia, o que pode levar ao ganho de peso e à piora da composição corporal.

6 – Dores no corpo

A privação do sono está relacionada com maior atividade na região do cérebro responsável pela percepção das dores. Isso porque, o ser humano sente dores por causa dos nervos, que são os responsáveis por enviar “sinais dolorosos” para a medula espinhal e para o cérebro.

No cérebro, uma rede de regiões neurais se inflama em reação à lesão — como um corte, por exemplo — e trabalha para controlar ou amenizar a sensação ruim. Segundo um estudo publicado no periódico The Journal of Neuroscience, a privação de sono também pode ativar essa região.

7 – Perda de memória

As conexões nervosas que fazem nossas memórias são fortalecidas durante o sono. Isso porque dormir incorpora as coisas que aprendemos e experimentamos ao longo do dia em nossa memória de curto prazo. “Acredita-se que diferentes fases do sono desempenham diferentes papéis na consolidação de novas informações em memórias. Se seu sono for interrompido, ele interfere nesses ciclos”, afirma Elaine.

Ela exemplifica: “Quando você está com sono, pode esquecer e colocar as coisas no lugar errado com frequência. E a incapacidade de se concentrar, causada pela sonolência, enfraquece ainda mais a memória”, conclui a especialista da orienteme.

*Informações Assessoria de Imprensa

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