A saúde mental é um desafio global. Em 2019, o estudo mais completo da Organização Mundial de Saúde (OMS) acerca do tema levantou que quase um bilhão de pessoas viviam com um transtorno mental no mundo. No Brasil, o cenário não é muito diferente. Somos, atualmente, o país mais ansioso do mundo, um dos mais depressivos e também estamos entre os com mais casos de burnout.
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Apesar disso, pouco falamos sobre essas questões – seja no trabalho, entre amigos ou até mesmo em casa. O que, a própria OMS alerta: aumenta o estigma e nos prejudica enquanto sociedade. “O estigma é, basicamente, a forma como a sociedade vê algo ou alguém. De modo geral, eles tendem a ser carregados de preconceitos e falta de informação e são prejudiciais”, comenta a psicóloga do Zen App, Maíra Bergo. Para ela, há casos em que o estigma é prejudicial a um grupo de pessoas e outros em que todos são prejudicados. No caso da saúde mental, a OMS alerta que os efeitos são, principalmente, o medo da má impressão e exclusão social. O que, para a psicóloga, afasta a população dos cuidados e até mesmo dos tratamentos. “Muitos ainda acreditam, por exemplo, que uma pessoa depressiva é inválida e vive triste. Um pensamento que afasta as pessoas que precisam do pedido de ajuda, pois há um pré-julgamento sobre a condição e até sobre a necessidade de ajuda em si. A sensação é que ter um diagnóstico será ruim, quando na verdade é o primeiro passo para melhorar”. Para a profissional, alguns pontos são cruciais para essa mudança de cenário. 1. Psicoeducação Antes de mais nada, é preciso que haja informação de qualidade. Nas empresas, escolas… é importante falar sobre saúde mental e entender que os transtornos mentais são problemas de saúde como qualquer outro e merecem atenção, cuidado e tratamento. “Ainda é normal ver pessoas lidarem com as questões de saúde mental como se fosse “frescura”. Isso não pode acontecer. É necessário que as pessoas entendam que dizer que alguém é depressivo porque quer é o mesmo que dizer que alguém escolheu ser diabético, por exemplo”. 2. Entender os tratamentos Tratamentos são essenciais para lidar com os transtornos. Mas, ainda existe uma resistência a eles. Maíra explica que é importante falar sobre tratamentos e quebrar o estigma, principalmente, com o uso de medicamentos – que, ela lembra, sempre devem ser receitados por psiquiatra com diagnóstico clínico realizado. 3. Rede de apoio Para além do paciente, é importante que as pessoas a sua volta também estejam inteiradas sobre os aspectos do transtorno, sintomas, estratégias de enfrentamento e todas as possibilidades.
*Informações Assessoria de Imprensa
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