
Uma pesquisa publicada na revista científica JAMA Psychiatry revelou que 93% das pessoas diagnosticadas com transtornos mentais ou dependência química não são tratadas de forma eficaz. O estudo, realizado ao longo de 19 anos por pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica e da Escola Médica de Harvard, analisou dados de 56.927 entrevistados em 21 países, identificando fatores que comprometem a eficiência da intervenção médica.
Entre as principais barreiras para a efetividade dos tratamentos, destacam-se a baixa percepção da necessidade de cuidado, a desigualdade no acesso aos serviços de saúde, a descontinuidade do acompanhamento e a necessidade de treinar profissionais da atenção primária no reconhecimento e tratamento de transtornos mentais.
De acordo com o psiquiatra Guilherme Góis, diretor técnico CADMO – Clínica Psiquiátrica, do Grupo ViV Saúde Mental e Emocional, a capacitação da atenção primária ainda é um gargalo enorme.
“Esses profissionais são, muitas vezes, a primeira porta de entrada do paciente, mas não se sentem preparados para acolher e encaminhar casos complexos de saúde mental. Isso faz com que muitos pacientes não se sintam contemplados pelo tratamento”, explica.
Outro fator apontado pela pesquisa é a necessidade de capacitar profissionais de saúde, especialmente da atenção primária, para diagnosticar e encaminhar corretamente os pacientes.
Os resultados do estudo ressaltam a importância de um cuidado mais estruturado, que passe por maior conscientização sobre os transtornos mentais e continuidade do tratamento.
*Informações Assessoria de Imprensa
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