Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da UFMG alerta que o tempo de exposição às telas pode contribuir para o desenvolvimento de condições crônicas não transmissíveis (CCNTs), que são a principal causa de morte no mundo, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2022. Os dados, obtidos a partir da relação do período em frente às telas e a qualidade da alimentação, apontam que pessoas que passam por exposição superior a 3 horas por dia apresentaram alimentação irregular 32% maior em comparação com quem tem pouco contato com aparelhos eletrônicos, aumentando o risco de diabetes.
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A análise teve como base informações da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, onde 88 mil brasileiros foram entrevistados e, entre eles, mais de 55% possuíam alguma doença crônica não transmissível e quase 6% classificaram sua saúde como ruim ou muito ruim.
A rotina, acompanhada de comidas não saudáveis e ultra processadas, é um fator de risco não apenas para diabetes como para diversas doenças, incluindo as cardiovasculares, respiratórias crônicas e câncer. “O consumo de doces, não é o único problema, ao contrário do que diz a crença popular, mas também os carboidratos, presentes nas farinhas, massas, pães e frutas. Precisamos lembrar que ninguém, tendo diabetes ou não, precisa consumir açúcares ou doces, ainda mais em excesso”, explica o endocrinologista e vice-presidente da ADJ Diabetes Brasil, Ronaldo Pineda Wieselberg.
Diferentemente de outras pesquisas que alertam sobre os perigos da tecnologia em excesso à saúde das crianças e adolescentes, o estudo demonstrou, ainda, que os adultos também estão exagerando e, inclusive, influenciando os mais novos a permanecerem por longos períodos em frente às telas. Por isso, os pesquisadores explicam que os brasileiros devem se reeducar, buscando diminuir o uso de aparelhos digitais, substituindo essa prática por atividades físicas ao ar livre.
Sobre a importância de se atentar aos riscos de desenvolver problemas de saúde como o diabetes, Wieselberg destaca que “os dados da 10ª edição do Atlas da Diabetes, levantados pela IDF (International Diabetes Federation), são claros e mostram que 6,7 milhões de pessoas em todo o mundo morreram por causa da doença e suas complicações em 2021, isso é o equivalente a uma pessoa morta a cada cinco segundos. É uma doença que não tem cura, mas tem tratamento, por isso o nosso objetivo na ADJ é garantir a informação e educação de pessoas”.
*Informações Assessoria de Imprensa
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